A cidade de Criciúma não para de receber estrangeiros. Na noite de terça-feira, seis mulheres de Gana, país africano que disputou a Copa do Mundo no Brasil, chegaram ao Sul de Santa Catarina em um ônibus vindo de São Paulo. Elas foram de táxi até uma residência ainda não identificada pela prefeitura, o que deve ocorrer nos próximos dias com a localização do taxista.
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Com a chegada desse novo grupo, a colônia ganesa instalada na região de Criciúma chega a 600 pessoas. Elas começaram a chegar à cidade antes da Copa do Mundo e querem ficar na região.
A secretária-adjunta de Assistência Social da prefeitura, Kelli Regina Dandolini, garante que o município oferece todo o suporte necessário. Até a tarde desta terça-feira, 32 deles estavam hospedados na Casa de Passagem. Todos os demais estão em residências cedidas por moradores, que também fazem doações de camas, colchões, móveis, eletrodomésticos e utensílios.
Quanto à questão legal dos ganeses no Brasil, Kelli diz que a secretaria está em constante contato com o governo federal para regularizar a situação, uma vez que os vistos dos africanos venceram no dia 13 de julho, quando acabou a Copa do Mundo.
– Eles dizem que pesquisaram sobre Criciúma na internet, mas ainda não sabemos ao certo em quantos são e por que vieram para cá – diz a secretária-adjunta.
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Além de hospedagem e atendimento médico, os ganeses contam com intérpretes que dominam o inglês para auxiliá-los no dia a dia. Eles também recebem suporte para conseguir trabalho.
A assistente social Sandra Regina da Silva João, da Casa de Passagem, conta que os ganeses já estão empregados em indústrias alimentícias, de artefatos de cimento, construção civil, fábrica de embalagens plásticas e arrozeiras da região. Outros devem ser contratados tão logo regularizem os documentos e abram contas bancárias.