Santa Catarina teve a segunda menor taxa de assassinato de mulheres do país em 2015, conforme o Atlas da Violência 2017. A cada 100 mil habitantes do sexo feminino, 2,8 tiveram a vida interrompida naquele ano — proporção quase quatro vezes menor quando comparada ao primeiro colocado, o Estado de Roraima, que apresenta taxa de 11,4 mortes. A média brasileira, segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), é de 4,4 mortes.

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A delegada Patrícia Zimmermann, que coordena as Delegacias de Proteção à Mulher, Criança e Idoso em SC, comemora o resultado catarinense. Para ela, o índice reflete um “trabalho sério e comprometido”.

Apesar de Santa Catarina estar na 26ª colocação neste ranking de violência de gênero, na frente apenas de São Paulo (com 2,4), o Estado teve um crescimento de 25,30% nesse tipo de morte entre 2005 e 2015. Se considerada somente a morte de mulheres negras, o Estado tem estatística alarmante: crescimento de 133,4% entre 2005 e 2015.

Maranhão, no entanto, teve o aumento mais expressivo no período quando considerada vítimas brancas e negras: 130%. Mesma situação é observada no país como um todo, onde a proporção geral de mulheres assassinadas saltou 7,5% ao longo de dez anos.

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Espírito Santo (-18,50%), Pernambuco (-25,30%), Amapá (-5,70%), Mato Grosso do Sul (-27,10%) e Distrito Federal (-1,10%) foram os únicos Estados onde houve diminuição da taxa de mulheres assassinadas.

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