Os quatro homens envolvidos em uma tentativa de execução frustrada que causou um tiroteio, na sexta-feira, dia 7, em Balneário Camboriú, foram encaminhados para o presídio de Canhanduba, no Vale do Itajaí, na madrugada deste sábado.

Continua depois da publicidade

Eles ficarão em prisão temporária de 10 dias enquanto o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) encaminha o inquérito.

Conforme a Polícia Militar, os presos são suspeitos de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

A princípio haviam sido presos Fernando Correia e Moacir Levi Correia e o advogado Jander Calvilla Coutinho Júnior, que dava cobertura aos suspeitos. Mas durante a madrugada deste sábado foi encontrado Jean Carlos Simon, condutor do veículo Ford Fiesta, envolvido no caso, que fugiu do local assim que a polícia interveio.

Continua depois da publicidade

Segundo o delegado Osnei Valdir de Oliveira, titular da DIC, apenas o advogado Coutinho, representado por Juliano Vianna Maia, deu depoimento na delegacia, e os demais falarão somente em juízo.

Para representar Fernando e Moacir, que são parentes, há um advogado de Santos, São Paulo. O nome dele não foi divulgado. Já Simon, o condutor do Ford Fiesta, dispensou advogado.

Após o flagrante, de acordo com o delegado, a polícia cumpriui mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça na casa de Coutinho, onde foram encontradas 1.070 munições de diversos calibres, o que sustentou a suspeita de ligação com o PCC.

Continua depois da publicidade

– Ele [Jander] não entende qual a conexão que a polícia fez entre ele e a facção. As armas são coleção de família. A única coisa que os liga é que ele atendeu um dos acusados quando estava preso em Itajaí, mas ele nem virou seu cliente – diz Maia, o representante do advogado.

Os suspeitos Moacir e Jean Carlos se conheceram no mesmo presídio para onde foram reencaminhados. Na época haviam sido presos por portar documentos falsos e, desde 30 de janeiro, cumpriam a pena em regime aberto, conforme o delegado Osnei de Oliveira.

As investigações continuam, já que podem ter mais envolvidos na facção em Santa Catarina.