Os motivos que teriam levado os criminosos ao litoral para matar o morador de Porto Belo, que diz viver da renda de imóveis herdados, ainda são desconhecidos. Em depoimento, ele disse desconhecer o que poderia ter causado a tentativa de homicídio.

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O que a polícia sabe, porém, é que o alvo já esteve preso por estelionato, tráfico de drogas e chegou a ser condenado por um assassinato. Para esse último crime, no entanto, ganhou o direito de recorrer em liberdade.

Irmão de um dos maiores traficantes de maconha do Rio Grande do Sul, conforme o delegado Osnei Oliveira, o homem negou que tenha voltado a se envolver em crimes nos últimos tempos.

A polícia não esconde que a mobilização do PCC para matar uma pessoa em Itapema denota que o alvo tem importância para a facção. De acordo com o comandante da PM em Itapema, capitão Éder Oliveira, a vítima teria um desacordo com o comando. Mas isso não foi confirmado pela Polícia Civil.

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Alvo era piloto de Fórmula Truck

Pertencente a uma família de posses, segundo a PM, o alvo do atentado contou com a sorte e excelência ao volante para sair ileso após o carro ser crivado por pelo menos 20 tiros. Ex-piloto de Fórmula Truck, o homem de 62 anos conhecia Moacir Correia.

Ele não quis dar detalhes, mas disse que eram conhecidos e teriam um terceiro conhecido em comum. Assim como fez em depoimento, negou saber o que teria motivado a tentativa de assassinato.

Aparentando calma, apesar de um leve tremor nas mãos, garantiu que não teme pela própria vida nem dos familiares (a vítima tem sete filhos) e agradeceu a ação da polícia no caso.

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– Só tenho a agradecer. Escapei graças a eles e porque sou safo no volante – disse, contando ainda que retomará a vida normal em Porto Belo, onde nasceu, mas contratará seguranças.

Polícia fazia campanas para flagrar ação há dias

A polícia não deu detalhes da investigação do caso. O delegado titular da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, Osnei Oliveira, disse apenas que a polícia foi informada de que algumas pessoas viriam à região para matar o morador de Porto Belo. O alvo foi avisado pelo delegado e chegou a mudar de cidade. Passou a viver em um imóvel em Itapema, mas há alguns dias voltou a Porto Belo. Sexta-feira, no entanto, estava em Itapema.

Apesar das informações de que o ataque poderia ocorrer, os investigadores não tinham certeza de quando. Assim, a Polícia Militar manteve campanas pelos principais locais de circulação da vítima. – Não temos escutas, então mantivemos policiais à paisana – explica o comandante da PM em Itapema, Éder Oliveira.

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Com o desfecho do caso sexta-feira, o delegado orientou que a vítima deixe a região por segurança. Mas disse que não há informação sobre se o fato de o homem ter escapado representa risco à família dele.