A decisão da Comissão de Licitação do DNIT de desabilitar a empresa que havia apresentado proposta para a duplicação do lote 1 da BR-280, entre São Francisco do Sul e a BR-101, foi recebida com indignação pelo presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Paulo Luiz Mattos.
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Para o empresário, a decisão faz aumentar o sentimento de frustração da comunidade regional, que aguarda pela obra há mais de uma década. Com a medida, conforme o próprio DNIT informa pela imprensa, a empresa que apresentou a segunda menor proposta será analisada.
-É lamentável que uma obra tão importante seja postergada sucessivamente por conta de questões que poderiam ter sido previamente identificadas pelo órgão federal. Soa como deboche para uma região que contribui muito com a economia do Estado e onde estão empresas reconhecidas no Brasil e exterior-, assinala.
Paulo Mattos diz que é inadmissível que uma empresas com suspeição de irregularidades que teriam sido identificadas previamente porque tem como sua principal acionista uma empresa envolvida em escândalos e investigada por uma CPI.
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Para o presidente do Centro Empresarias de Jaraguá do Sul é uma grande falta de consideração do governo federal com a região. Embora não reste muito a fazer além de esperar, ele diz que as entidades não se conformarão na cobrança por mais atenção.
-Continuaremos vigilantes, na expectativa de que o governo federal cumpra o prometido. Estamos cansados de tantas promessas e da falta de respeito por uma região que responde por parcela importante da arrecadação de tributos que vão diretamente para o estado e união. Nossa comunidade está sendo iludida por tantas idas e vindas sem nada concreto, está na hora de acabar com isso.
Paulo Mattos também aguarda manifestação da bancada de Santa Catarina na Câmara e Senado, e do governador Raimundo Colombo, no sentido de buscar respostas concretas quanto ao cronograma da obra.
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-Estamos vendo a realização de alguns serviços, ainda que de maneira lenta, roçadas intermináveis e de efetivo pouca coisa. A cada quatro anos, em período de eleições, é isso, mas não vemos agilidade. A região precisa da obra completa e não por pedaços. Está na hora de Santa Catarina, por meio dos seus representantes políticos, assumirem de vez se esta obra tem caráter de urgência ou não, sob pena de comprometer ainda mais o desenvolvimento do estado.