Diante do descontentamento dos artesãos com a mudança de endereço da Feira da Maricota, e após reunião na Câmara de Vereadores, a Prefeitura de Florianópolis propôs autorizar temporariamente que o evento volte à Avenida Paulo Fontes, desde que sejam cumpridas algumas condições.

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Essa autorização, que passa a valer a partir do próximo sábado, dia 6, desde que a proposta seja aceita, tem vigência prevista de no máximo 90 dias e pode ser substituída, antes, por alterações na legislação urbana – que os vereadores se comprometeram a estudar – que em princípio proíbe qualquer tipo de evento naquele local, segundo a prefeitura.

Feira da Maricota dá novas opções de trabalho em Florianópolis

Entre as condições que viabilizariam sua volta ao canteiro da Paulo Fontes está a mudança de horário: a Maricota passaria a funcionar a partir das 13h, com autorização para início da montagem a partir das 12h. Também deve respeitar a montagem das barracas num corredor único, liberando a faixa de área verde e uma faixa de circulação mínima de dois metros, incluindo o espaço com o piso podotátil.

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Feira da Maricota é obrigada a deixar a Avenida Paulo Fontes, no Centro de Florianópolis

Ficaria liberada também a montagem de unidades na direção Norte do canteiro, sentido pontes, desde que respeitado o espaço livre entre o Mercado Público e o Terminal de Integração do Centro (Ticen), uma área a ser demarcada pela Secretaria Executiva de Serviços Públicos (Sesp).

Impasse sobre a gastronomia

Além disso, todos os artesãos terão de buscar sua regularização cadastral junto à Sesp e ao programa nacional de artesanato. Por ser uma feira de artesanato, somente os artesãos terão autorização para integrar a Maricota.

A Associação dos Artesãos da Feira da Maricota ainda discute a proposta. Segundo a presidente Tânia D’Aquino, um problema é a exclusão de quem trabalha com gastronomia do evento:

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— Nessa proposta não entra a gastronomia, e pra nós a feira é um todo ou não é nada. Além disso a gente pensou: se eles puderam liberar a parte da tarde, por que não fazer o dia todo? Estamos nessa luta pra saber se vamos fazer. Estamos esperando que todos se manifestem para decidirmos — explica a artesã.

O Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) alega que os trabalhadores que vendem alimentos precisam passar por cursos e ter autorização para atuar.