As razões para a suspensão da Feira da Maricota no canteiro central da Avenida Paulo Fontes, em Florianópolis, não convenceram os artesãos. No mesmo local onde costumavam dar vida à feira, eles voltaram na manhã desta terça-feira, desta vez com cartazes e faixas de luto em mãos, e pediram a volta do evento que conquistou a comunidade durante os sábados. São cerca de 300 trabalhadores diretamente envolvidos nas mais de 150 barraquinhas e que agora estão à mercê de uma resposta da prefeitura.
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Feira da Maricota dá novas opções de trabalho em Florianópolis
As reclamações vão da rua para as redes sociais, onde vários trabalhadores da feira colocaram imagens de luto em seus perfis por causa do fim da Maricota. A artesã Adriana Demetrio explica que o sentimento é justamente o de pesar. Para ela, pela primeira vez Floripa tinha uma feira de referência em um lugar descontraído e alegre.
— Agora estão inventando que o canteiro central será utilizado para desembarque de ônibus de turismo — disse a artesã, que complementa que a feira não invade o espaço do trânsito em nenhum momento.
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Novas reuniões
De acordo com um ofício encaminhado na última sexta-feira pela Secretaria de Segurança e Gestão de Trânsito ao Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) – responsável pelas feiras de artesanato de Floripa –, a Maricota não poderia ser realizada na Paulo Fontes porque a prefeitura precisava obedecer uma determinação do Ministério Público. A região teria de ser destinada ao desembarque de passageiros de ônibus de turismo e hoje, com o grande movimento, estaria impossibilitando a parada desse tipo de veículo.
O Ministério Público explicou que a determinação judicial tem relação apenas com o trânsito da região, e em nada fala sobre o local da Feira da Maricota.
Para tentar chegar a um denominador comum, a prefeitura informou que novas reuniões vão ser feitas para tratar o assunto e encontrar uma decisão que agrade todos os lados. A sugestão, a princípio, é de uma mudança da feira para a Praça Fernando Machado.
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