Com a greve do transporte coletivo deflagrada no início desta semana, o sindicato dos trabalhadores levantou, entre as várias pautas, a falta de um estacionamento para os ônibus que circulam na Grande Florianópolis. Após o fim da paralisação o impasse pode estar perto do fim.
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O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) alega que, devido à falta de um lugar adequado, motoristas são obrigados a dar voltas ao redor dos terminais a fim de evitar multas, e muitas vezes perdem a 1h de intervalo previsto por lei.
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Na última terça-feira, quando começaram as conversas entre os sindicatos e a Prefeitura de Florianópolis, o executivo da capital cedeu parte do aterro Baía Sul para ser usado como estacionamento para os ônibus. Em reunião de conciliação na tarde desta quarta-feira, a prefeitura concordou em disponibilizar 30% do terreno, desde que a Secretária de Patrimônio da União (SPU) não se oponha. Ficou acertado ainda que o município não terá responsabilidade sobre a manutenção e limpeza do aterro.
A Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf) se comprometeu em arcar com o custo de construção do estacionamento, junto ao um espaço de convivência para motoristas e cobradores. A princípio, o outro pedaço do terreno será transformado em estacionamento de veículos particulares.
De acordo com o secretario de Mobilidade Urbana de Florianópolis, Vinicius Cofferri, o processo segue, e a secretaria espera uma resposta positiva dentro de 30 dias para poder começar a pensar no projeto.
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— Na tarde de segunda-feira entramos em contato com a SPU e o órgão disse que a documentação já está em Brasília — informou Cofferri na terça-feira.
O lote, que antes abrigava o Camelódromo e o Direto do Campo, fica em frente ao ao Terminal Urbano Cidade de Florianópolis. A área pertence ao governo federal e está em processo para ser incorporado ao patrimônio do município.
Relembre o caso
– A prefeita Ângela Amin entregou, em 1991, o aterro da Baía Sul para os comerciantes que trabalhavam na Rua Conselheiro Mafra . A decisão foi tomada para aplacar conflitos entre os trabalhadores e os vendedores do Mercado Público. O Direto do Campo e um estacionamento da Comcap foram incorporados anos depois, nas outras partes do lote.
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O camelódromo funcionou por mais de duas décadas e reuniu 250 comerciantes. Após o fechamento, em agosto do ano passado, passou a abrigar moradores de rua, que ergueram diversos barracos nos boxes.