A demolição do camelódromo Centro Sul de Florianópolis começou nesta terça-feira. O terreno pertence ao governo federal. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) não confirma o que será feito naquela área.
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O local funcionou por mais de duas décadas e reuniu 250 comerciantes populares. Após o fechamento, em agosto do ano passado, passou a abrigar moradores de rua, que ergueram diversos barracos nos boxes. A Secretaria de Assistência Social de Florianópolis orientou essas pessoas a procurarem o centro POP para buscarem vagas em albergue.
Para a área do aterro, há projeto em estudo de construção do Paço Municipal, envolvendo a Prefeitura e o Tribunal de Justiça. Conforme nota da prefeitura, há sinalização da SPU de que a União cederia a área, onde antes funcionava o Direto do Campo e o estacionamento, para isso. Há proposta de abrir um concurso nacional para o projeto do Paço.
Enquanto não se tem o projeto pronto, há proposta de que a área – para não ficar desocupada – seja transformada em estacionamento, explorado pela Comcap e com ressarcimento à União pelo uso. O projeto da Passarela Jardim não voltou mais a ser debatido pelo Município.
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Começa demolição do camelódromo centro sul de Florianópolis. Os barracos, como este, também serão derrubados @horascpic.twitter.com/DMbKFWUxt7
¿ Marcus Bruno (@OMarcusBruno) 20 de abril de 2016
Relembre o caso
– A prefeita Ângela Amin entregou o aterro da Baía Sul, área da União, para os comerciantes que costumavam atuar na Rua Conselheiro Mafra em 1991. A decisão foi tomada para aplacar os conflitos dos trabalhadores com os vendedores do Mercado Público.
– Após estruturarem comércio popular, camelôs viram o Direto do Campo e o estacionamento da Comcap também serem alojados no terreno.
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– Na primeira metade de 2013, o estacionamento foi desativado e o prédio do Direto do Campo demolido.
– Em agosto do mesmo ano, o juiz federal Hildo Peron sentenciou a saída do Camelódromo no prazo de 18 meses. O impasse seria o uso de área pública (pertencente à União) para a iniciativa privada (Camelódromo) sem processo licitatório.
– Após quatro vezes adiada a saída dos comerciantes populares, em uma reunião entre o juiz federal autor da sentença, Prefeitura e Camelódromo ficou decidido que a estrutura continuará no local até que sejam apresentados prazos e orçamento para execução da Passarela Jardim. O projeto foi concebido em 1978 pelo arquiteto do Ipuf, José Tabacow, que imaginou uma área de lazer para o local, com espaço para um shopping popular.
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