Má notícia para os amantes do surfe em Santa Catarina. O Hang Loose Pro Contest, sucesso de público, ondas e organização na Joaquina em 2016, não será realizado na praia do leste da Ilha nesse ano. A competição,que faz parte do circuito qualificatório (WQS) para a elite mundial do surfe, deve acontecer em Maresias, no litoral de São Paulo.
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O Hang Loose Pro Contest realizado em novembro celebrava os 30 anos da primeira edição do evento na Joaquina. Atletas como Gabriel Medina, Adriano de Sousa e o vencedor Kanoa Igarashi levaram uma multidão de fãs às areias da praia.
A competição deixou um legado muito grande para Santa Catarina. O surfe decolou no Estado depois do primeiro evento, em 1986. Desde então, a praia Mole, o Santinho, a própria Joaquina, além de outras cidades catarinenses, como Itajaí, Imbituba e Garopaba foram seguidamente palco de diversas etapas do circuito mundial. No entanto, nesse ano, Santa Catarina será sede apenas do Pro Junior, que acontece em outubro na Guarda do Embaú.
O legado do Hang Loose Pro Contest para o surfe catarinense e brasileiro
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— Não está fácil de fazer qualquer tipo de evento no Brasil. O problema é essa crise que o país está passando. Então, por mais sucesso que o evento tinha tido, e surpreendeu a todos, a dificuldade financeira é o maior problema. Também tem a questão do apoio do governo da cidade.
Xande informa que não está nem confirmado o Hang Loose em Maresias, justamente pelo questão financeira da prefeitura de São Sebastião. No site da WSL, o evento está “em tentativa”. Caso não aconteça na terra do Medina, a competição que distribui 6 mil pontos aos atletas, não será realizada em 2017. A liga tem investido mais em eventos na Argentina, Chile e Peru, que na visão da entidade estão se mostrando economias mais estáveis.
Para o ano que vem, a perspectiva da WSL é de melhorara na situação econômica. Xande quer valorizar eventos na América do Sul. Procurada, a prefeitura de Florianópolis informou que não foi contatada pela World Surf League em 2017.
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Catarinenses na elite fortalecem Estado como sede
Santa Catarina tem três surfistas no WQS, Tomas Hermes (4º), de Barra Velha, Yago Dora (6º), de Floripa, e Willian Cardoso (9º), de Balneário Camboriú. Se o campeonato terminasse hoje, eles estariam na elite. Para Xande Fontes, a presença desses atletas do WCT dá peso para Santa Catarina volte a sediar etapas mundiais.
— Nós voltarmos a ter atletas catarinenses, isso fortalece a realização de etapas em Santa Catarina. O nosso momento é sensacional.
O WQS está sendo disputado nesse momento nos Açores, em Portugal. A etapa começou na terça-feira (05). Os três catarinenses entre os dez primeiros entram no mar nesta quarta.
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Ranking do WQS, com três catarinenses entre os dez primeiros
Já sobre a elite mundial, nesta quarta-feira (06), começa o Hurley Pro em Trestles, na Califórnia.Um confronto brasileiro entre Adriano de Souza, Wiggolly Dantas e Miguel Pupo vai abrir a oitava das onze etapas do World Surf League Championship Tour nos Estados Unidos. Eles foram escalados na primeira bateria do Hurley Pro at Trestles, que começa nesta quarta-feira e tem prazo até 17 de setembro para ser encerrado em San Clemente (CA). E mais dois brasileiros entram juntos na segunda,Caio Ibelli e Jadson André. O campeonato tem a participação ainda de Ian Gouveia, Italo Ferreira, Felipe Toledo e Gabriel Medina. No feminino, Silvana Lima representa o Brasil.
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