Uma onda catarinense arrebenta com força rumo à elite do surfe mundial na próxima temporada. Capitaneados por Tomas Hermes, atualmente o quarto colocado no WQS (World Qualifying Series, a segunda divisão da modalidade), a lista tem ainda Willian Cardoso (sexto) e Yago Dora (sétimo). Como os dez primeiros garantem vaga no WCT (World Championship Tour), caso a competição encerrasse hoje o trio estaria com o passaporte carimbado para a primeira divisão do surfe.

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Para fechar o ano classificados, contudo, muita onda ainda está por quebrar. Até o fim do ano serão mais três etapas de 10 mil pontos e três de 6 mil. Uma destas de menor pontuação acontece a partir desta terça-feira, em La Coruña, na Espanha, onde eles já começam no segundo round.

Tomas se deu bem na última do WQS 10 mil, realizada no início de agosto na Califórnia (EUA). No US Open em Huntington Beach, o catarinense de Barra Velha só parou na final contra o norte-americano Kanoa Igarashi (terceiro no ranking). O vice-campeonato lhe garantiu 8 mil pontos. Com isso, alcançou os 13.010, o que deixou o catarinense bem cotado para as próximas etapas. Após a Espanha, os eventos serão na França e Portugal.

— Com certeza é um dos melhores anos de Santa Catarina no surfe, estamos bem no ranking. Eu estou voltando de lesão no pé direito e não cheguei a disputar as primeiras etapas do ano, a primeira foi no Japão. Acho que a lesão me fez ficar mais preparado, não só para o surfe, mas para a vida no geral — comenta Tomas, que, nos últimos dois anos, viu a classificação à elite do mundial bater na trave.

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Santa Catarina acumula bons resultados no ano

Mais preparado, Tomas planeja um fim de ano entre os melhores da modalidade no mundo, ao lado de dois brasileiros campeões mundiais, Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho. Planos idênticos aos de Willian Cardoso, 31 anos, natural de Joinville, atualmente sexto colocado no ranking, com 12.300 pontos. Seu melhor resultado neste ano foi em KwaZulu-Natal, na África do Sul, em julho, quando ficou com o vice-campeonato e também conquistou 8 mil pontos no somatório.

— Agora começa o maior desafio, que é a perna da Europa, são três campeonatos seguidos. Acho que é o momento certo de colocar as coisas no lugar e fazer uma grande competição. Ficar pensando no resultado final atrapalha. É procurar evoluir a cada bateria que disputar e tentar fazer o melhor — prevê Willian.

Paranaense de nascimento, mas radicado em Florianópolis, Yago Dora também está na briga por uma vaga na primeira divisão. O surfista de 21 anos foi o campeão da etapa em Newcastle, na Austrália, em fevereiro. Até agora, ele soma 12.110 pontos e ocupa a 7ª posição no campeonato.

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Até as etapas finais, no Havaí, muita onda vai arrebentar, mas por enquanto os catarinenses estão mandando muito bem.

#4Tomas Hermes, 30 anos

Nascido e criado em Barra Velha

11 baterias vencidas em 2017

Premiação na carreira: R$ 950.452

#6 Willian Cardoso, 31 anos

Nascido em Joinville, treina em Balneário Camboriú

11 baterias vencidas em 2017

Premiação na carreira: R$ 1.277.662

#7 Yago Dora, 21 anos

Nascido em Curitiba, criado em Floripa

6 baterias vencidas em 2017

Premiação na carreira: R$ 328.754