A 3ª Delegacia de Polícia Civil, que atende a região Norte de Joinville, abriu inquérito para investigar o caso das noivas que se dizem vítimas de uma empresária de Joinville. O procedimento de investigação foi aberto há pelo menos duas semanas. Cerca de 10 pessoas que se sentiram lesadas pela empresária registraram boletim de ocorrência na cidade. As vítimas e outras testemunhas do caso estão sendo intimadas para prestar depoimento.

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A empresária Paula Hinschink que chegou a ser considerada desaparecida pela polícia já foi localizada, porém ainda não foi intimada oficialmente. Os policiais responsáveis pela investigação não divulgaram o paradeiro dela para não prejudicar o andamento do inquérito.

O caso veio à tona em meados de setembro deste ano, quando cerca de 200 noivas em todo o Brasil se mobilizaram pelas redes sociais para denunciar o suposto golpe. As vítimas dizem que compraram convites, lembrancinhas e diversos itens de festa pela internet e não receberam os produtos e nem mesmo o ressarcimento do valor pago.

Pacotes promocionais divulgados nas redes sociais chamaram a atenção das noivas que acreditaram na idoneidade da empresária joinvilense. Paula teria conversado por telefone com as noivas e confirmado as encomendas. Porém, as noivas teriam percebido os problemas após efetuarem o pagamento da compra.

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Diferença: foto do sapato que noiva esperava receber. Acima, sapato que foi entregue

A reportagem foi divulgada em primeira mão no dia 18 de setembro. “A Notícia” conversou com pelo menos dez mulheres que moram em outros Estados e compraram os produtos. Algumas receberam a encomenda pela metade, outras não receberam nenhum item. Além do prejuízo, algumas noivas relataram que precisaram adiar a data do casamento.

Segundo ex-funcionários e o proprietário do imóvel alugado para tocar a empresa, na zona Norte de Joinville, Paula teria voltado para a sua cidade de origem, no Rio Grande do Sul. Pelo menos duas funcionárias registraram boletim de ocorrência, pois ficaram sem receber salário.

A promotoria que atua na área de defesa do consumidor em Joinville também recebeu reclamações de noivas que se dizem lesadas pela empresária. O Ministério Público oficiou a polícia para abrir inquérito e orientou as noivas a entrarem com um processo individual no Juizado Especial Cível na cidade onde moram.

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Contraponto

A reportagem tentou contato com a empresária pelo celular, mas o número agora consta como não existente. Nas outras vezes que a reportagem tentou contato pelo mesmo número, Paula não atendeu às ligações.

A empresária também foi procurada no ateliê onde fazia os atendimentos em setembro, quando “AN” recebeu a denúncia. Porém, o proprietário do imóvel informou que a empresária havia desaparecido e que a empresa estava fechada desde então. A empresária ainda não prestou depoimento sobre o caso.

Divulgação do nome

“AN” passa a divulgar o nome da empresária suspeita de golpe em razão de o caso ter resultado em inquérito policial, seguindo o que diz o Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística do Grupo RBS.

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