A mobilização das noivas que se dizem vítimas de uma empresária de Joinville que vendia artigos para casamento pela internet está chamando a atenção nas redes sociais. Grupos criados pelas redes sociais dão conta de que aproximadamente 200 noivas compraram pacotes promocionais de convites, lembranças e diversos itens de casamento, e não receberam o serviço. Muitas estão procurando as delegacias de suas cidades para registrar boletins de ocorrência, mas para o Procon de Joinville, as vítimas devem se unir.

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Por se tratar de muitas pessoas atingidas, Priscila Kalef, coordenadora do Procon de Joinville considera que o melhor a se fazer é acionar o Ministério Público para que ele abra uma ação coletiva.

A reportagem de A Notícia conversou com pelo menos 10 mulheres de outros Estados que registraram ocorrência nas cidades onde moram.

Priscila recomenda ainda cuidado especial com as ofertas na internet.

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– As promoções existem, mas é preciso prestar atenção se o preço do produto é muito diferente do valor praticado no mercado concorrente – afirma.

Alguns detalhes podem ajudar a perceber se uma empresa é confiável ou não. O Procon orienta os consumidores a verificarem se o fornecedor possui endereço comercial físico, CNPJ válido e telefones e e-mails para contato. Pesquisar informações sobre a experiência de outras pessoas que tenham comprado produtos no site também é importante.

– O consumidor deve ainda, verificar os procedimentos para reclamação, devolução do produto, prazo para entrega, fretes e taxas adicionais – completa, Priscila.

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Entenda o caso

As noivas foram atraídas pela empresa de Joinville por meio de pacotes promocionais divulgados na internet. Convites para festa de casamento e chá de panela, lembrancinhas, enfeites para o bolo, decoração de sapatos e outros itens estavam inclusos nas promoções com preços abaixo do mercado.

As noivas fizeram as encomendas e pagaram antecipado. Porém, o serviço não foi oferecido como estava previsto no contrato. Muitas delas relataram que não receberam nenhum dos itens. Nos últimos meses, a empresária teria deixado de atender as clientes.

As funcionárias revelaram que a administração fugiu do controle porque a empresária teria vendido os produtos a preços inferiores ao custo. A mulher teria sido inclusive ameaçada por um agiota. Desde o início do mês, não se tem mais notícias da empresária.

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Divulgação do nome

O Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística do Grupo RBS diz, no item 4.1.1, que a citação de nomes e a divulgação de imagens de suspeitos ou acusados só podem ser feitas a partir de indiciamento, detenção, prisões em flagrante, preventiva ou temporária, cumprimento de mandados de busca e apreensão, entre outras. Por este motivo, o jornal “A Notícia” não informa nesta edição o nome da empresária citada na reportagem.