Após a tentativa de execução de um morador de Porto Belo em Itapema na última sexta-feira, as polícias da região se mantêm em alerta. Na manhã desta segunda-feira o delegado titular da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, Osnei Oliveira, entrou em contato com o Departamento de Administração Prisional (Deap) para alertar sobre a possibilidade de tentativa de resgate dos presos.

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> Tentativa de execução deu início a perseguição e tiroteio em Itapema

> Presos após tiroteio são de facção criminosa de São Paulo

> Razões para atentado contra morador de Porto Belo são desconhecidas

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Quatro pessoas acabaram presas depois da tentativa de assassinato. Um dos detidos é Moacir Levi Correia, 35 anos, o Bi. Ele é apontado pela polícia como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo.

> Suspeito de tentativa de execução já teria matado seis policiais

> Quatro envolvidos em tiroteio são encaminhados para presídio

Uma tentativa de resgate não está descartada justamente pela presença de Correia entre os presos, pois poderia ser orquestrada pela facção criminosa. Mesmo assim, o comunicado da DIC ocorreu por cautela. Até o momento a polícia não recebeu qualquer informação de que um resgate estaria sendo planejado.

O Deap mantém operações normais no Complexo Penitenciário da Canhanduba para onde os presos foram levados. Desde a última sexta-feira, quando foi preso, Moacir Correia está no presídio do complexo. Ele se comporta normalmente e é bastante calmo.

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O alvo da tentativa de homicídio, um homem de 62 anos, também não está mais sendo monitorado. Desde que recebeu informações de que o ataque ocorreria, a Polícia Militar fez campanas para impedir que a vítima fosse morta.

Represália

O comandante da 4ª Companhia do 12º Batalhão da Polícia Militar, capitão Eder Oliveira, disse que os policiais estão em alerta em função das prisões. O capitão afirma que podem ocorrer represálias do PCC direcionadas à PM pelo fato de a execução ter sido evitada.

Comandante da 3ª região da PM, o coronel Atair Derner Filho disse, porém, que não há necessidade de qualquer tipo de reforço para a região por causa das prisões.

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Moacir Correia já havia cumprido pena em Joinville por uso de documento falsificado. A prisão ocorreu em abril do ano passado quando ele e a mulher foram parados pela Polícia Rodoviária Federal e apresentaram documentos falsificados. Ela também foi presa.

Moacir é descrito pela polícia como violento, tendo sido apontado como autor da morte de seis policiais na baixada santista. Especula-se também que o preso seria amigo próximo de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC.