Dois adultos e dois adolescentes foram responsabilizados pela morte do torcedor do Avaí João Grah, atingido por uma pedrada quando voltava de um jogo do time em Curitiba, em setembro do ano passado. A Polícia Civil informou nesta quarta-feira, em nota, que indiciou os maiores de idade e apontou prática de ato infracional dos outros dois. O inquérito foi remetido ao Fórum de Balneário Camboriú, cidade em que ocorreu o crime, e deve chegar ao Ministério Público (MPSC) nos próximos dias.

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Caberá ao MP analisar se oferece denúncia ou se toma alguma outra medida a partir do momento em que receber o inquérito. Ainda não há prazo para que isto ocorra.

Mesmo com série de evidências, investigação de morte de torcedor segue sem conclusão

Vídeo mostra momento em que pedras são jogadas em micro-ônibus

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Adolescente confessou o envolvimento, mas foi liberado após depor

As identidades dos adultos incriminados não foram divulgadas pela polícia. O delegado Osnei Valdir de Oliveira, responsável pelo caso, mantém a decisão de não se manifestar a respeito.

João Grah morreu em 24 de setembro do ano passado. Então com 27 anos, ele foi atingido por uma pedra quando voltava de um jogo do Avaí em Curitiba. O micro-ônibus em que a vítima estava foi alvo de pedras arremessadas quando trafegava sob o viaduto de acesso à rodovia Interpraias, na altura do km 136 da BR-101, entre Balneário Camboriú e Itapema.

Imagens da câmera de monitoramento da rodovia mostraram um grupo de pessoas que atiraram pedras do viaduto. A Polícia Civil teve acesso ao material e ainda ouviu testemunhas e suspeitos do crime.

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Idas e vindas sobre a entrega do inquérito

Os bastidores sobre a entrega do inquérito foram tornados públicos. Na terça-feira, a assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou à reportagem que o inquérito havia sido remetido na segunda-feira à Justiça de Balneário Camboriú. Sobre o encaminhamento dado ao caso, a assessoria da 1ª Vara Criminal e da Promotoria de Justiça da cidade informou ainda na terça que o inquérito havia retornado à polícia para novas diligências.

Nesta quarta, porém, a assessoria de imprensa do Ministério Público de Santa Catarina, que foi procurada antes, mas não havia se manifestado a respeito, contatou a reportagem para dizer que o inquérito só chegou nesta quarta mesmo ao Fórum de Balneário Camboriú.

Ainda conforme a assessoria, o pedido de diligências por parte do Ministério Público ocorreu anteriormente e não se refere ao estágio atual do caso.

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