A Polícia Civil de Joinville, por meio da Delegacia de Homicídios (DH), concluiu a investigação do caso de decapitação de Alan Rodrigues dos Santos, 24 anos, e identificou mais dois suspeitos de terem participação no crime. O delito ocorreu em 29 de março, mesma data em que foi localizada a cabeça do jovem na rua Nossa Senhora de Fátima, bairro Vila Cubatão, zona Norte da cidade.

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No dia 10 de maio, a polícia apreendeu dois adolescentes suspeitos de terem participado da ação. Um dos garotos, de 17 anos, confessou a autoria do homicídio. Já no dia 17, outro suspeito foi identificado como participante da decapitação. Pablo Correia Rodrigues, 20 anos, foi interrogado no Presídio Regional de Joinville, onde está detido desde 26 de abril após ser preso em flagrante por roubo.

De acordo com a investigação, dos dois últimos suspeitos identificados, um está foragido e o outro foi interrogado pela Polícia Civil. Ele confessou ter participado do crime e ter levado a cabeça de Alan até o bairro Cubatão. O suspeito foi identificado como Fernando Tobler, 30 anos.

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Ainda segundo o inquérito policial, no dia do crime, por volta das 17h30, a vítima saiu de casa e foi a um ponto de venda de drogas no bairro Profipo. Nesse local, Alan foi rendido por Pablo com uso de uma arma de fogo. A vítima foi dominada e esfaqueada no tórax quatro vezes, causando-lhe perfurações no pulmão. Após a agressão, ele foi asfixiado com um cabo de energia elétrica.

O corpo de Alan foi levado até o bairro Itapocu em Araquari, onde foi decapitado com o uso de um facão. A cabeça da vítima foi transportada por Pablo e Fernando em uma motocicleta até a rua Nossa Senhora de Fátima, no bairro Vila Cubatão, onde foi abandonada dentro de uma mochila.

O inquérito policial será enviado ao Ministério Público. Os três adultos indiciados e o adolescente poderão responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, vilipêndio e destruição de cadáver e furto qualificado.

Alan Rodrigues dos Santos não tinha passagens pela polícia e fazia bicos como pintor. Filho de pais religiosos, havia frequentado a igreja evangélica por muitos anos. Aos 15 anos, começou a se envolver com drogas. O pai, Neri Santos, lembrou que, no dia do crime, ele recebeu uma ligação por volta das 17 horas e saiu de casa dizendo que ia ao bairro Ullysses Guimarães.

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