A Polícia Civil de Joinville, por meio da Delegacia de Homicídios (DH), identificou na noite desta terça-feira mais um suspeito de envolvimento na decapitação de Alan Santos Rodrigues, 24 anos. O crime ocorreu em 29 de março, mesma data em que foi localizada a cabeça do jovem na rua Nossa Senhora de Fátima, bairro Vila Cubatão, zona Norte da cidade. Dois menores foram apreendidos na última semana suspeitos de envolvimento no crime.
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Ele foi identificado como Pablo Correia Rodrigues e tem 20 anos. O homem foi interrogado nesta terça-feira no Presídio Regional de Joinville, onde está preso desde 26 de abril após ser preso em flagrante por roubo.
Segundo informações da DH, a investigação avançou depois que os adolescentes foram apreendidos na última quarta-feira, dia 10. O suspeito foi confrontando pela polícia com o conjunto probatório obtido das declarações dos menores, que confessou integramente o crime. Durante interrogatório, ele explicou que foi o responsável por esfaquear Alan Santos antes da produção do vídeo que circulou pelas redes sócias.
O interrogado também relatou à polícia que foi o autor da filmagem e que é dele a voz que pode ser ouvida na gravação. Após isso, ocultou o corpo e decapitou a vítima com um facão, levando a cabeça até o bairro Vila Cubatão.
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Ainda em depoimento, o suspeito afirmou não manter nenhuma relação ou ligação pessoal com o jovem decapitado. Por este motivo, a Polícia Civil confirmou que a motivação do crime está ligada exclusivamente às disputas entre facções criminosas.
Segundo o delegado Elieser Bertinotti, o homem contou em detalhes como realizou cada etapa do crime. As análises forenses realizadas no caso da decapitação confirmam os dados obtidos durante o interrogatório, principalmente marcas corporais, informações privilegiadas e confronto de voz preliminar.
Um dos garotos de 17 anos apreendidos no dia 10 de maio confessou ter asfixiado Alan, que foi a causa da morte. O outro adolescente apreendido foi ouvido e afirmou não ter participação no crime, mas, segundo a Polícia Civil, ele estava no local do homicídio, que é um ponto de tráfico. Apesar de nenhum dos envolvidos diretamente no crime terem dado nomes, a Delegacia de Homicídios trabalha com a hipóteses de outros envolvidos e dará continuidade à investigação.
Alan não tinha passagens pela polícia e fazia bicos como pintor. Filho de pais religiosos, havia frequentado a igreja evangélica por muitos anos. Aos 15 anos, começou a se envolver com drogas. O pai, Neri Santos, lembrou que, no dia do crime, ele recebeu uma ligação por volta das 17 horas e saiu de casa dizendo que ia ao bairro Ullysses Guimarães. Segundo a investigação, Alan foi de forma voluntária ao local do crime, uma casa na rua Corumbá, no bairro Profipo.
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