Depois de 16 dias paralisados, os pescadores de sardinha de Santa Catarina retornaram ao trabalho nesta quinta-feira. A decisão de por fim à greve foi tomada durante assembleia realizada na noite de quarta.
Continua depois da publicidade
De acordo com o Sindicato dos Pescadores Profissionais do Estado (Sitrapesca), 65 embarcações e cerca de 600 pescadores já normalizaram suas atividades. O Estado é responsável por aproximandamente 75% da produção do pescado do país.
– Aceitamos a proposta da indústria, de R$ 1,20 para o barco a gelo e R$ 1,40 para samurado, porque este valor é líquido para os pescadores. As indústrias se comprometeram em assumir as despesas da descarga do produto – afirma o presidente do Sitrapesca, Manuel Xavier.
Para o secretário da Câmara Setorial do Cerco do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Jorge Seif, a greve não obteve nenhuma conquista, apenas gerou prejuízos para o comércio, armadores, pescadores e indústrias.
Continua depois da publicidade
– Esses dias de paralisação não valeram nada, eles não tiveram nenhum benefício, foi vergonhoso. Apenas aceitaram a proposta inicial das indústrias. E essa questão das despesas vai depender de cada armador, eu não vou assumir. A greve só gerou prejuízos, esses dias são irrecuperáveis – destaca.
Seif afirmou ainda que se ao final da safra de sardinha o governo decidir aumentar a cota de importação, os grevistas serão os responsáveis.