A pequena Thalita, que nasceu com o coração para fora do corpo, morreu na manhã deste domingo depois de duas paradas cardíacas. Filha de moradores de Palhoça, na Grande Florianópolis, a menina veio ao mundo na sexta-feira em Curitiba (PR) e passou por uma cirurgia com mais de duas horas de duração no sábado. Ela ainda precisaria fazer outras operações para encaixar o órgão para dentro do peito.
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Os pais, que mantiveram a fé mesmo com o diagnóstico descoberto em ultrassom no terceiro mês de gravidez, estão abatidos e evitam comentar sobre a fatalidade.
– Ela não aguentou e morreu hoje pela manhã – resumiu o pai Bruno Correia Pereira, de 22 anos.
A doença rara ectopia cordis acomete cerca de cinco bebês para cada milhão de nascidos. É difícil resistir a esse mal. A mortalidade é superior a 90% dos casos. Foi o que aconteceu com Thalita, que tinha enchido o coração dos pais de esperança.
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A criança nasceu às 5h de sexta-feira no Hospital de Clínicas de Curitiba (HCC). Naquele dia, a mãe Katiane Dutra Martins Correia Pereira, 24 anos, nem chegou a ver a filha. Se recuperava da cesariana, quando o bebê foi transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe, localizado na mesma cidade.
A família ficou confiante na sobrevivência da garotinha. Isso porque ela nasceu com bom peso, 3,5 quilos distribuídos em meio metro. O sábado chegou e foi realizada a primeiro de muitas operações previstas. A equipe do estabelecimento referência em cirurgia e transplante pediátrico, conseguiu ampliar a cavidade onde deveria estar o órgão. Também o protegeram com uma membrana.
Todos: médicos e parentes, torciam por uma reação positiva para realizar o segundo procedimento e aumentar mais um pouco o espaço para colocar coração de Thalita. Mas no terceiro dia ela faleceu.
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