Após passar por uma cirurgia neste sábado, a bebê que nasceu com uma doença rara, a Ectopia cordis, apresenta quadro de saúde estável, conforme informações do médico Carlos Alexandre Spera, responsável pelo caso. A primeira operação começou às 8h30min, e terminou às 11h.
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Thalita, de apenas três dias de vida, nasceu com o coração para fora do corpo. Segundo Spera, o bebê ainda passará por diversas cirurgias para conseguir “encaixar” novamente o órgão na cavidade do peito, mas ainda não é possível prever quantos procedimentos serão feitos. A doença é raríssima, com uma incidêndia de cerca de cinco casos para cada um milhão de pessoas nascidas vivas. As chances de nascer com vida também eram pequenas para a menina.
– O quadro dela é estável neste momento, mas o caso ainda é grave. – disse o médico após a operação.
Nesta manhã, a equipe do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, conseguiu aumentar um pouco mais a cavidade onde deveria estar o coração e proteger o órgão com uma membrana. Thalita está na UTI, e é preciso esperar por uma reação positiva para iniciar a próxima cirurgia.
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::Um pouco mais sobre o caso
Logo no terceiro mês de gravidez, os pais da Thalita, Bruno Correia Pereira e Katiane Dutra Martins Correia Pereira, souberam da formação diferente do coração do bebê. O casal mora em Palhoça, e seguiu esperançoso até o nascimento na menina, que já foi um caso de sucesso. A doença rara foi descoberta por meio do pré-natal feito no posto de saúde do Bairro Madri, perto de onde moram. Se a criança se recuperar da bateria de cirurgias previstas nos próximos dias, deve ser recebida de braços abertos no quartinho cor lilás que a espera em casa.
A mãe, a auxiliar de produção Katiane Dutra Martins Correia Pereira, 24 anos, segue se recuperando da cesariana e, até agora, só conhece a filha pela descrição do marido: as duas ainda não puderam se ver. Katiane deve receber alta no domingo. Já Thalita segue internada pelos próximos 30 dias, no mínimo.
A mortalidade nestes casos chega a ser superior a 50%, mas os médicos dizem que normalmente há uma formação diferente também em outros órgãos, o que prejudica os pacientes. Por enquanto, o único órgão afetado pela doença em Thalita é o coração, o que aumenta as chances.
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