Depois de passados dois meses desde que ocorreu uma paralisação do Conselho Tutelar na Capital para exigir uma série de demandas para melhorar o trabalho, algumas reivindicações pontuais ainda não foram atendidas pela prefeitura de Florianópolis, afirmam os trabalhadores. A mais preocupante, lembra a porta-voz, a conselheira Indianara Trainatti, é o pagamento do adicional por risco de vida a três profissionais que ainda não recebem o benefício.
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— O salário ainda está sendo discutido, porém sem nenhuma previsão. Já sobre o risco de vida das três colegas que não estão recebendo há mais de um ano, até agora, nenhuma posição. Assim eles devem entrar com advogado e solicitar judicialmente — explicou a porta-voz dos conselheiros.
Segundo ela, os materiais de escritório que antes faltavam estão sendo entregues, mas “sempre falta algo”, alerta Indianara. Outro grande problema para a atuação dos trabalhadores é o corte do telefone fixo dos Conselhos Tutelares, da mesma forma que está ocorrendo nas escolas municipais.
— Assim, não conseguimos entrar em contato com nenhuma família e fazer o serviço — lamenta Indianara.
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No final de abril, os conselheiros entraram em greve para pedir a contratação de um administrativo e dois notificadores, inclusão do adicional por risco de vida na folha de pagamento dos três conselheiros, além da valorização profissional. Eles retornaram com os atendimentos apenas cerca de 20 dias depois, mediante promessas da prefeitura de melhorar as condições de trabalho.
A prefeitura informou, em nota enviada à Hora de Santa Catarina, que, em relação às ligações telefônicas, “desde o início do ano está tentando negociações com a empresa telefônica OI, porém a empresa está irredutível e exige o pagamento total de todas as contas atrasadas de 2013 a 2016. A administração municipal decidiu, então, abrir um novo processo licitatório para que outra empresa possa oferecer os serviços. Enquanto isso, eles estão cortando, aos poucos, telefones de serviços essenciais para a população como os dos Conselhos Tutelares”.
Sobre o adicional de risco de vida, “ainda esta semana o prefeito e a secretária de Assistência Social vão estudar uma solução, conforme já haviam informado os conselheiros na última reunião”, informou a nota enviada pela assessoria de imprensa da secretaria de Assistência Social. Caso os pedidos não sejam atendidos, os conselheiros não descartam uma nova paralisação.
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