A Câmara Baixa (Duma) do Parlamento russo confirmou nesta terça-feira, por ampla maioria, o ex-presidente Dmitri Medvedev como primeiro-ministro, pouco depois de ter sido nomeado para o cargo pelo novo chefe de Estado, Vladimir Putin. Medvedev recebeu o apoio de 299 deputados da Duma, com 144 votos contrários, selando assim um processo de troca de funções com Putin, que até domingo era o primeiro-ministro da presidência de Medvedev.
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– Agradeço por sua confiança. Vou trabalhar, sem poupar esforços, para cumprir as promessas que foram feitas pelo presidente da Rússia e por mim. Estou convencido de que se trabalharmos juntos, podemos conseguir resultados – disse Medvedev a diversas forças políticas representadas na Duma.
Em seguida, o presidente Putin assinou o decreto confirmando a nomeação do novo chefe de Governo.
– Tenho certeza de que Dmitri Medvedev estará aberto a uma cooperação construtiva com todos os partidos, com todos os movimentos políticos – disse.
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Depois de ser presidente por dois mandatos consecutivos, tendo vencido as eleições em 2000 e 2004, Putin tornou-se primeiro-ministro em 2008, por não poder concorrer a um terceiro mandato consecutivo.
Ele impulsionou, então, a candidatura de um subordinado, Dmitri Medvedev, à presidência, mas continuou sendo o homem forte do governo, como primeiro-ministro. Depois de vencer as eleições presidenciais de março deste ano, Putin voltou à chefia de Estado – e propôs que o seu antigo cargo de premiê seja assumido justamente por Medvedev.
A permanência de Putin no topo do poder russo pode durar pelo menos 24 anos. Uma reforma constitucional elevou de quatro para seis anos a duração do mandato presidencial. Depois do fim do mandato que se iniciou nesta segunda, Putin poderia, ainda, se apresentar para a eleição de 2018 e se manter no cargo, teoricamente, até 2024.