Da cabeceira das pontes que ligam a Ilha de Santa Catarina ao continente em Florianópolis são 28 quilômetros até Canasvieiras ou Jurerê, e outros 30 quilômetros até a Praia da Solidão. A distância é praticamente a mesma, mas as propostas das duas primeiras são completamente diferentes do que a Praia da Solidão oferece. Enquanto Canas e Jurerê estão cheias de gente no verão, muito agito e música alta, a solidão oferece tranquilidade, paz e sossego. Se o nome Solidão pode soar triste, é apenas porque é quieta e apaziguada, nada de tristeza.
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A praia da Solidão fica no extremo Sul da Ilha de Santa Catarina depois do Pântano do Sul e além da Praia dos Açores. A praia é calma até nos dias mais movimentados de Florianópolis. Neste dia de Natal, o céu nublado não era muito convidativo, mas conforme o dia amanhecia aos poucos famílias e casais iam se aconchegando nas areias fofas da praia. Não que não houvesse solteiros, mas o clima da solidão é tranquilo.
– É a melhor praia da Ilha. Não tem nem sinal de telefone, ninguém te acha. Sem som, espaçosa, sem queijo, sem picolé, sem gente vendendo tudo. É pura tranquilidade, sem estresse – resume a turista de Porto Alegre (RS), Raquel Pimentel de Castro.
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Raquel está na casa de Márcia Mascarello, também de Porto Alegre (RS), junto com a família. Pela primeira vez todos passam o Natal e ano novo na Praia da Solidão e conversam sem qualquer preocupação enquanto os filhos correm e brincam pela praia. Poucos metros deles, um jovem fala ao celular sentado perto do mar.
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– Solidão é assim. Celular, se funciona só aqui na beira da praia – brinca Raquel.
Enquanto alguns caminham, outros brincam, o barulho presente é o sussurro das ondas, alguma voz distante e o ruído do vento, a Solidão também contagia moradores de Florianópolis. Leonardo Aguiar e Renata Ramos estendem a preguiça do amanhecer à beira do mar. Ela já conhecia a praia e ele veio pela primeira vez.
– É bom sair da rotina conhecer outros lugares. Os turistas conhecem mais do que a gente que mora aqui. Gostei da praia, é calma – conta Aguiar.

Trilha e cachoeira
Se não bastasse a beleza de poder relaxar e descansar como se ninguém mais pudesse te encontrar no mundo, a Praia da Solidão ainda reserva uma pequena cachoeira para quem segue pela mata através de uma trilha de 10 minutos. O caminho é indicado por placas e qualquer um que está por ali, provavelmente saberá indicar. O poço da cachoeira é bastante pequeno, porém profundo e de uma água fria e cristalina. Vale o banho para tirar o sal do mar.
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Para quem deseja caminha ainda mais, um caminho com o trilho concretado leva até a Praia do Saquinho. São cerca de 30 minutos contornado o costão até chegar uma pequenina praia, que mais parece incrustada no morro. A paisagem tem como horizonte a própria praia da Solidão, Açores e Pântano do Sul. Os morros verdes e altos e outras ilhotas pequenas mais ao longe. O casal alemão Thorsten Seehaus e Theresa Bretz já descobriram o lugar.
– Viemos passar apenas três dias em Florianópolis e escolhemos essas praias por estarem mais ligadas à natureza e serem mais calmas – explica Seehaus.