A noite de Natal nem tinha terminado quando a família de Katia Luciana dos Santos e amigos acordaram para colocar toda a casa de pé. Eram 5h30min quando todos começaram a organização das comidas, malas, barracas, tudo que exige um acampamento de fim de ano. Por volta das 10h, todos já estavam na Praia do Pântano do Sul embarcando para a Lagoinha do Leste. Família e amigos das cidade de Palhoça e Florianópolis vão passar o fim de semana acampados em uma das praias mais bonitas da Ilha de Santa Catarina.
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— Há uns três anos que nos organizamos para fazer esse tipo de passeio. Estamos levando de tudo, pão, vinho, carnes, bolo, chá, refrigerante, frutas — conta Katia que garante que ninguém se desanimou com o tempo nublado.
Conheça a praia Lagoinha do Leste
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Bebidas e diversão exigem atenção no mar
A Praia Lagoinha do Leste é apenas acessível por trilhas ou por barco, fato que a mantém bastante preservada. A viagem de barco custa R$ 25,00 o trecho e demora cerca de 40 minutos a partir do Pântano do Sul. Com a chegada de verão, o fluxo de pessoas aumenta e os pescadores chegam a fazer até quatro viagens de ida e volta, entre as duas praias em um dia. A maioria das pessoas vai pela manhã, passa o dia às margens do mar esverdeado, e retorna à tarde, mas nesta manhã de Natal, dois barcos partiram com interessados em acampar.
— Já fui acampar na Lagoinha umas seis vezes. O lugar é lindo e tranquilo. Vamos passar alguns dias, surfando, pescando, comendo mariscos e descansando — conta Gabriel Vidal Guimarães, turista de Joinville.
Preocupação com o lixo
A Lagoinha do Leste não oferece estrutura para camping. Nada de tomadas, banheiros ou qualquer tipo de conforto. Os acampamentos são montados sob as árvores. Todo o resto é preciso levar consigo. E também é preciso trazer de volta. Os pescadores pedem para que os turistas separem e tragam o lixo junto quando voltarem de barco. Segundo eles, a maioria respeita o meio-ambiente, mas há sempre exceções.
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— A maioria cuida do seus lixo. Mas seria importante a colocação de lixeiras e uma coleta de lixo pública no local em algum momento. Já houve esse tipo de trabalho junto com a Prefeitura e nós mesmo fizemos o transporte de barco. Esse ano ainda não ocorreu nenhum mutirão de limpeza — conta o pescador da Associação de Pescadores do Pântano do Sul José Cirio.
Katia dos Santos e Gabriel Guimarães foram contundentes ao afirmar que o lixo voltaria junto com eles.
— A gente gosta muito daquele lugar, é preciso consciência para aproveitar aquele paraíso e manter ele cuidado. Levamos sacolas extras para recolher e acabamos por trazer o lixo que encontramos por lá também — garantiu Katia
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