Em meio às três semanas de greve dos agentes penitenciários em Santa Catarina _ declarada suspensa por 48 horas _, o incêndio de três ônibus na noite desta sexta-feira, um em Florianópolis e dois Criciúma, no Sul do Estado, reacendem o medo de que ordens partidas de dentro das cadeias estejam sendo executadas nas ruas, como verificado nas duas ondas de atentados a coletivos e prédios públicos, ocorridas em novembro de 2012 e fevereiro de 2013.
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Foto: Alvarélio Kurossu, Agência RBS
Em Criciúma, onde familiares de detentos do Presídio Santa Augusta e PMs chegaram a protagonizar um confronto sexta à tarde, dois ônibus da empresa Expresso Forquilhinha foram incendiados à noite. As ações foram executadas por grupos de homens com os rostos cobertos por camisetas. Segundo a PM, os bandidos forçaram o motorista a parar, invadiram o veículo e atearam fogo com uso de gasolina.
O primeiro incêndio foi registrado por volta de 18h30min, na Rua Líbano José Gomes, no bairro Jardim União. Quinze pessoas estavam no coletivo, mas ninguém saiu ferido. O segundo caso ocorreu às 20h, no bairro Vila Manaus, na Rua Assembleia de Deus. Havia 20 pessoas no veículo e também não houve registro de feridos. Até as 21h, 30 viaturas da PM circulavam pelo município em busca dos bandidos, mas ninguém havia sido preso.
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Em Florianópolis, um ônibus da empresa Estrela foi incendiado no bairro Monte Cristo, por volta de 18h30min, na Rua Joaquim Nabuco. Por causa do fogo, moradias ficaram sem luz nas proximidades. O crime ocorreu na mesma região onde um coletivo já havia sido incendiado no sábado passado.
Conforme relato do motorista, um homem armado e usando uma máscara cirúrgica para proteger o rosto entrou no ônibus pela porta da frente e disse para os passageiros que descessem do coletivo. Em seguida, um outro homem entrou pela porta traseira do veículo e jogou um líquido inflamável, ateando fogo logo depois. Os dois suspeitos fugiram a pé.
Foto: Vanilso da Silveira, divulgação