Iniciadas em junho de 2014 e com a previsão de conclusão em dois anos, as obras de macrodrenagem do rio Mathias ainda estão longe de terminar em Joinville. Segundo o secretário de Infraestrutura (Seinfra), Romualdo França, a expectativa é de que a ampliação da capacidade hidráulica acabe em dezembro de 2018. No entanto, isso será possível apenas se os repasses financeiros forem realizados em um fluxo que permita a continuidade dos trabalhos sem interrupções. A obra é a principal ação para conter os alagamentos na região central da cidade.
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Na última segunda-feira, ela avançou para as ruas Fernando de Noronha e Jacob Eisenhut após ter sido praticamente concluída na rua Otto Boehm – ainda faltam a confecção de calçadas e a sinalização horizontal. Primeiramente, a Companhia Águas de Joinville está implantando uma linha de coleta e transporte de esgoto para, depois, a empresa responsável pela macrodrenagem começar a realizar o estaqueamento na rua. Na sequência, as galerias começarão a ser instaladas na via até a esquina da Jacob Eisenhut com a Expedicionário Holz.
— Não é um trecho longo, então, se conseguirmos concluí-lo até meados de dezembro, acho que será de bom tamanho. Se permanecer o tempo bom, pode ser até que a gente consiga antecipar — garante Romualdo.
Apenas depois de concluir esse trecho é que será decidido se as obras avançarão para o restante da Jacob Eisenhut e Visconde de Taunay. Outra possibilidade é antes retomar a intervenção na rua Jerônimo Coelho, que foi interrompida por falta de recursos.
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De acordo com o secretário, se houvesse um bom volume de recursos, talvez fosse possível começar a fazer o trabalho em duas frentes simultâneas. No entanto, ele afirma que o governo federal não está conseguindo manter um fluxo financeiro continuado para a obra, o que tem atrapalhado o andamento.
– Não está sendo possível (trabalhar em duas frentes), então, vamos fazendo os trechos que têm menor repercussão até o final do ano. Depois, no início de 2018, a gente pensa em avançar nos trechos em que há maior dificuldade.
Outros trabalhos são realizados na praça Dario Salles, no Centro. Segundo o secretário, a construção de um dispositivo que funcionará provisoriamente no local foi concluída, possibilitando a retirada dos tapumes que estavam na esquina da rua Jerônimo Coelho com a Itajaí. Além disso, a Prefeitura tenta fazer uma modificação na maneira de instalação das galerias.
– Como temos uma série de edificações antigas construídas com fundação direta, há o receio de mexer e desestabilizá-las. Fizemos estudos técnicos e, a partir disso, é que se está estudando alternativas executivas, mas não há mudança na tecnologia adotada – explica Romualdo, que apresentou a proposta a empresa projetista e aguarda retorno para depois encaminhar aos órgãos de financiamento e buscar a aprovação.
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CONFIRA COMO ESTÃO TODOS OS TRECHOS DA OBRA:
– O trecho da rua Otto Boehm era para ter sido concluído em junho, mas as obras foram finalizadas apenas na semana passada. Ainda faltam a sinalização horizontal e a confecção de calçadas, que é de responsabilidade da subprefeitura. Segundo Romualdo França, o problema será resolvido em até 20 dias.
FERNANDO DE NORONHA E JACOB EISENHUT
– A nova frente de trabalho agora está no trecho que inicia-se na rua Fernando de Noronha e termina na Jacob Eisenhut – esquina com a Expedicionário Holz. Estão sendo realizadas obras de esgoto antes da instalação das galerias.
JERÔNIMO COELHO
– As obras na rua Jerônimo Coelho foram paralisadas porque não houve recursos suficientes para manter duas frentes de trabalho ao mesmo tempo. Com isso, a Prefeitura optou, primeiro, por realizar as intervenções na rua Otto Boehm.
– A Prefeitura retirou os tapumes que estavam instalados na esquina da rua Jerônimo Coelho com a Itajaí. Segundo Romualdo França, isso foi possível depois da conclusão de um dispositivo na praça Dario Salles.
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PRAÇA DARIO SALLES
– A empresa responsável ainda mantém um dos canteiros de obras da macrodrenagem dentro da praça, ao lado do Ginásio Abel Schulz.