O Museu da Baleia, em Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina deve ganhar uma nova atração. O primeiro esqueleto de baleia-franca, pesando uma tonelada e meia e com 14 metros de comprimento ficará exposto no local, pendurado por cabos de aço.
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Os ossos são de uma baleia morta em Laguna, em 2010 – depois de permanecer encalhada por uma semana ela precisou ser sacrificada, causando comoção em quem acompanhou o caso. Enterrado no Sul do Estado, o material foi todo removido pela equipe do Projeto Baleia Franca num trabalho que durou dois dias. Agora os ossos serão limpos e tratados.
– Este processo deve demorar cerca de três meses. Depois disso, vamos buscar recursos junto ao governo e à iniciativa privada para darmos início a montagem do esqueleto – explicou a diretora de política do Projeto Baleia Franca, Karina Groch lembrando que a montagem do esqueleto demora cerca de 15 dias para ser concluída.
Confira as galerias da baleia
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Veja também imagens dos ossos sendo retirados e tratados
A diretora ressalta que a pessoa ou empresa que quiser apoiar este trabalho pode entrar em contato pelos números (48) 9919-4400 e (48) 3225-2922.
Confira vídeo que mostra tentativa de resgate
Assista às imagens da remoção da carcaça
Fruto do sofrimento
O biólogo Antônio Carlos Amâncio que participou do resgate dos ossos comentou sobre a importância da montagem desse esqueleto, uma vez que o exemplar a ser trabalhado causou uma comoção nacional na época do encalhe.
– Este material é de um valor inestimado, e deve ser utilizado como ferramenta de informação e educação ambiental, no sentido de contribuir de forma grandiosa para o processo de conservação da espécie – diz Amâncio.

A baleia-franca com cerca de 16 metros e 40 toneladas encalhou na costa de Laguna no feriado de sete de setembro de 2010. Uma força-tarefa de órgãos ambientais, prefeitura, Exército, Marinha, e o empresariado local foi montada para tentar salvar o animal.
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Como se tornou inviável resgatar a baleia com vida, optou-se por sacrificá-la. Além de lutar pela vida enquanto encalhada, a baleia resistiu à primeira aplicação de drogas para matá-la, até que uma semana depois de encalhar, uma nova dosagem de medicamentos foi aplicada, lenvando-a à morte.

Para remover a carcaça do animal, a força tarefa levou cerca de três horas. O trabalho exigiu o uso de retroescavadeiras, dois tratores com guincho, um trator de esteiras e mais uma máquina carregada de grande porte.
A carcaça foi levada para uma área mais próxima das dunas, onde integrantes da Unesc, de Criciúma, abriram a camada de gordura para retirar amostras e o restante foi enterrado. Passado dois anos, o processo de decomposição garantiram que sobrassem só os ossos para a montagem do esqueleto.
Esqueleto de Bryde
Na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma os visitantes podem ver o esqueleto de uma baleia de Bryde no hall do bloco administrativo. O exemplar tem 13 metros de comprimento, o maior exposto no Estado, e faz parte do acervo da unidade de Zoologia da Unesc.
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O esqueleto pesa 1,4 tonelada, de um total de 12 toneladas que o animal possuía ao ser recolhido no dia 10 de junho de 2005, na Praia da Cigana, em Laguna. O cetáceo foi encontrado morto após encalhar em um banco de areia.

Esqueleto de baleia Bryde está no hall do blobo administrativo da Unesc