Moradores da comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, pedem melhorias para prefeitura

Troca de telefones, apertos de mãos e compromissos. Após matéria na Hora sobre a realidade no bairro Monte Cristo, dois secretários da prefeitura de Florianópolis visitaram o local na manhã desta terça-feira e prometeram providências. Everson Mendes, da Assistência Social, e Dejair de Oliveira Junior, do Continente, percorreram a pé as ruas da comunidade Chico Mendes enquanto ouviam as necessidades dos moradores locais, a partir da visão de líderes comunitários.

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Ivan Carlos da Luz mostrou a situação precária do parque infantil na Rua dos Cedros, onde o mato tomou conta e os equipamentos estão quebrados. Os secretários entraram no prédio conhecido como Carandirú, onde no início dos anos 2000 serviu como um centro educacional para jovens e adultos, com curso de violino, computação, xadrez e dança. Everson não conseguiu disfarçar a repulsa ao passar pelos cômodos onde há 10 anos funcionava uma creche e atualmente estão tomados por fezes humanas e lixo.

O edifício é uma reivindicação antiga da comunidade, que pede o retorno dos projetos sociais. Na visão do secretário Everson, é preciso avaliar a possibilidade de reforma do lugar, já bastante deteriorado. Já Dejair acredita que é preciso um apoio dos moradores locais, que dificultam a sequência dos serviços prestados pela prefeitura.

– A gente recolhe o lixo e horas depois está cheio de novo. Cada um tem sua responsabilidade, não é só o poder público – disse.

O Jornal do Almoço, da RBS TV, exibe matéria nesta quarta-feira sobre o bairro e os compromissos firmados entre moradores e prefeitura.

Confira abaixo o que ficou acordado:

Secretário Assistência Social, Everson Mendes

Foto: Diórgenes Pandini / Agência RBS

“Trarei o CRAS esta semana para mapear as demandas da comunidade, com a possibilidade de implantar programas como o Projovem e o Pronatec. Mas tem que haver demanda também. Não basta a gente vir com os projetos se os moradores não abraçarem a causa. Ainda sobre o prédio (o Carandirú), vamos entrar em contato com a Habitação e Obras para avaliar a possibilidade de reforma. Se não for possível, podemos ocupar outro lugar aqui mesmo no bairro. É uma comunidade que é importante, tem suas carências e o diálogo com a prefeitura está aberto”, disse ele.

Segundo informações da Secretaria de Assistência Social, no bairro atuam três entidades conveniadas. A Centro de Apoio à Formação Integral do Ser (Ceafis), Centro de Educação e Evangelização Popular (Cedep) e Lar Fabiano de Cristo. Juntas elas atendem 500 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), sendo que para 2015 serão ampliadas mais metas para atendimento específico para adolescentes. São atividades pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas, organizados por faixa etária, com foco na prevenção de possíveis situações de risco da população.

Secretário do Continente, Dejair de Oliveira Junior

Foto: Diórgenes Pandini / Agência RBS

“No final do ano passado fizemos um mutirão em todas as ruas desta região do Monte Cristo. Iluminação pública – a maioria dos postes estavam desligados -, limpeza das bocas de lobo, das ruas, recolhemos carros abandonados e toda esta parte ligada ao poder pública.

Eu sei que tem alguma coisa que a gente precisa terminar. Uma é a questão da praça de lazer (na Rua dos Cedros) que já iniciou a reforma. Houve uma reclamação de falta de segurança por parte da empresa e ela acabou se afastando. Nos próximos dias nós vamos procurar a empresa para ver se ela quer concluir a obra e, se não, a gente vai conversar com o prefeito (Cesar Souza Junior) e ver a possibilidade de recursos ou viabilizar outra empresa para assumir a obra. Não será em um ano, por conta da burocracia, mas em dois meses é possível dar um retorno para a comunidade”, disse.

O mutirão promovido pela Secretaria do Continente foi feito no dia 11 de dezembro de 2014, após a Polícia Militar ter aumentado o efetivo no bairro. O secretário afirmou que está aberto para ouvir qualquer reivindicação dos moradores e que vai trabalhar para resolver a situação no bairro.