Ministros do governo participaram neste sábado de uma feijoada e de uma peixada atrás de votos para barrar o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, na Câmara. Os dois eventos foram organizados pelos deputados Waldir Maranhão (PP-MA) e Weverton Rocha (PDT-MA), que são vizinhos de apartamentos funcionais.

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Se revezaram nas duas reuniões os ministros Jaques Wagner, Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e Kátia Abreu (Agricultura), além dos agora deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Celso Pansera (PMDB-RJ), que deixaram suas pastas para votar contra o impeachment no domingo.

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Segundo Castro, passaram pelos encontros deputados do PP, PR, PSD, PTN e PMDB. Ele afirmou que o clima entre os deputados mudou e que o governo terá voto suficiente para barrar o processo na Câmara.

— Vai ser uma disputa acirradíssima. E eu não usei o superlativo à toa. Eu penso que vai ser assim, mas o impeachment não passará — disse.

Beira do precipício

Segundo ele, no último momento, os parlamentares estão percebendo o risco de optar por uma mudança de governo.

— É como se as pessoas tivessem ido até a beira do precipício e percebessem que esse movimento não iria dar e que era melhor ficar como está mesmo — afirmou.

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O ministro dos Transportes também fez essa avaliação e disse acreditar que o governo vai ter uma vitória no domingo. Rodrigues afirmou que vai continuar trabalhando para garantir votos contra o impeachment até o último momento.

— Eu só vou parar de trabalhar depois da votação — disse.

O governo calcula que terá cerca de 180 votos contra o impeachment. Na contagem da oposição, há 368 votos a favor do afastamento de Dilma, conforme balanço mais recente. Para que o processo contra a presidente siga para o Senado são necessários 342 votos.

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