Marcada para a manhã desta segunda-feira, a reunião que definiria o futuro da greve dos metalúrgicos de Itajaí não aconteceu. O sindicato patronal não compareceu no encontro e afirmou que não irá negociar com a comissão de grevistas. Além disso, a entidade acionou o Ministério do Trabalho para intervir no processo.
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De acordo com o presidente do sindicato que representa as indústrias metalúrgicas da região, Maurício César Pereira, o cancelamento da reunião desta segunda foi em função dos acontecimentos da sexta-feira. Pereira explica que os grevistas foram extremamente agressivos e o intimidaram com ameaças na sede da Intersindical.
– Estamos prontos para negociar com o sindicato e não com a comissão de grevistas, pois eles já deixaram claro que podem ou não aceitar o que o sindicato definir – argumenta.
Segundo Pereira, os sindicatos patronais estão levando a negociação do reajuste para a Delegacia Regional do Trabalho; já os outros 18 pontos reivindicados pelos trabalhadores, como alojamento, auxílio aluguel, café da manhã, folga de campo, entre outros, devem ser negociados diretamente com as empresas.
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– Estamos acionando o Ministério do Trabalho para que a negociação ocorra dentro da delegacia, aí se eles entenderem que a comissão deve participar, vamos aceitar. Amanhã devemos ter uma resposta – explica.
Greve continua
O presidente do sindicato que representa os trabalhadores da categoria, Oscar João da Cunha, diz que a greve será mantida em função do cancelamento da reunião e os trabalhadores serão informados da situação na manhã desta terça-feira.
– Não apareceu ninguém, por isso nós vamos explicar pro juiz o que está acontecendo, que não é o sindicato dos trabalhadores que está bagunçando. As empresas não estão nem aí e a paralisação continua até resolver o problema – ressalta.
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Conforme Cunha, 1,5 mil trabalhadores estão parados há uma semana e há previsão de uma nova manifestação em frente à Teporti, onde ficam as empresas nas quais os grevistas trabalham.