Na tentativa de conseguir mais apoiadores, os metalúrgicos de Itajaí que estão paralisados tentaram entrar em uma empresa na manhã desta quinta-feira e foram impedidos pela Polícia Militar. O movimento chega ao seu quinto dia nesta sexta-feira e não há previsão de que os mais de mil trabalhadores em greve retomem as atividades.
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A confusão na manhã desta quinta foi em um estaleiro localizado no bairro Salseiros. Os trabalhadores mobilizados seguiram em passeata do bairro Cordeiros pela marginal da BR-101 até o estaleiro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Material Elétrico e de Construção Naval de Itajaí e Região, Oscar João da Cunha, a intenção do grupo era entrar para convencer os trabalhadores do estaleiro a aderirem à greve. A Polícia Militar acompanhava a manifestação e intercedeu para impedir a entrada, segundo o presidente.
Na porta de outra empresa os trabalhadores entregaram panfletos também com a intenção de convencer um maior número de profissionais. Conforme o sindicato há mais de mil trabalhadores da indústria naval e metal mecânica paralisados. Eles trabalham em um consórcio e uma empresa instalados na cidade responsáveis pela fabricação de plataformas para extração de petróleo. A ideia dos trabalhadores é conseguir também que os funcionários de estaleiros cruzem os braços.
O presidente do sindicato patronal, Maurício Pereira, disse que não há reuniões marcadas com a categoria para tentar resolver o impasse. Os trabalhadores querem um reajuste salarial em torno de 11%, mas o sindicato propõe que o acréscimo fique em 6,62% (5,62% das perdas com a inflação e 1% de ganho real).
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– Em Rio Grande (RS) uma empresa contratada pela Petrobrás deu 9% de acréscimo aos servidores, não tem como o sindicato patronal nos oferecer só 1% de ganho real – diz Oscar da Cunha.
Maurício Pereira diz que as empresas estão dispostas a negociar, no entanto, não foram mais procuradas pela categoria. O patronal considera a greve impositiva.