A greve dos metalúrgicos que trabalham na construção da plataformas de petróleo em Itajaí chega ao seu oitavo dia sem expectativa de término. Nesta terça-feira os trabalhadores manifestaram diante do condomínio industrial e terminal portuário Teporti, onde tentaram impedir o acesso de alguns caminhões.

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A intenção dos trabalhadores impedindo a entrada dos caminhões era chamar a atenção para a paralisação. Eles entendem que dificultando o trabalho das empresas que operam no local o sindicato patronal pode resolver voltar a negociar com o comando de greve.

Apesar disso, um funcionário do Teporti que não quis se identificar, informou que o acesso aos caminhões está normal, pelo menos na área do terminal. Segundo ele houve impacto no trânsito porque muitos caminhões tiveram que diminuir a velocidade ao se aproximar dos portões.

O sindicato que representa as empresas desistiu de negociar com a categoria na segunda-feira. Havia uma reunião marcada, mas segundo o presidente do sindicato, Maurício César Pereira, em razão do comportamento que os grevistas tiveram na sexta-feira, o patronal não compareceu à reunião. Na última reunião que ocorreu entre os dois sindicatos na sexta-feira, dia 30, os grevistas chegaram a quebrar objetos no prédio da Intersindical.

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Material Elétrico e de Construção Naval de Itajaí e Região, Oscar João da Cunha, informou que ainda na segunda procurou o Ministério do Trabalho. As negociações passarão a ocorrer por intermédio da entidade.

Mais de mil trabalhadores estão parados, todos trabalhadores da indústria de plataformas. No entanto, já houve tentativa do sindicato para que os demais metalúrgicos, que em sua maioria trabalham em estaleiros, façam parte do movimento e há uma tensão no setor.

Os metalúrgicos querem um reajuste salarial de 5,62% (que representam as perdas com a inflação) mais 5% de aumento real. O sindicato patronal, porém, ofereceu 1% de aumento real. Atualmente, o piso do metalúrgico em Itajaí é de R$ 1.050 para 220 horas mensais trabalhadas. No Estado, esse valor é em torno de R$ 800.

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