Pressionar o governo federal sobre a liberação da fosfoetanolamina, utilizada como alternativa do tratamento do câncer. Esse foi o objetivo de um grupo de pessoas que se reuniu na manhã deste domingo, em frente às escadarias da Catedral São Paulo Apóstolo, no Centro de Blumenau.

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::: Entenda: Veja como começou a produção da substância

Os presentes – todos vestidos com camisetas e blusas pretas – levantaram cartazes com as mensagens “Quem tem câncer, tem pressa” e “Libere a fosfoetanolamina”. Cerca de quinze pessoas, entre adultos e crianças participaram da ação. Na avaliação da organizadora do encontro, Marlene Nunes dos Santos, a baixa adesão reflete ainda a falta de interesse da comunidade sobre o tema:

– Convidamos pessoas de Pomerode, Indaial e Timbó, mas muitas não vieram por falta de transporte. Acredita que prefeitos e vereadores poderiam ter auxiliado – critica.

O próximo passo será a elaboração de um abaixo-assinado que será encaminhado ao Ministério da Saúde, solicitando mais agilidade nos estudos e na liberação da substância.

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Alternativa no tratamento

A fosfoetanolamina foi sintetizada por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e ficou conhecida nas redes sociais como “pílula do câncer”, pela suposta capacidade de destruir tumores malignos.

::: Médicos pedem cautela sobre tratamento alternativo

O problema é que a substância não passou oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação brasileira, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou no início deste mês que o ministério vai criar um grupo de trabalho para analisar a eficácia e a segurança da droga.