A irmã do adolescente de 15 anos, que teria sido agredido durante o quebra-quebra em Balneário Camboriú, confirmou que o depoimento prestado por ele à Corregedoria da Guarda Municipal não menciona que a agressão tenha partido de um policial militar. Em entrevista ao Sol Diário na terça-feira, o jovem informou que durante a confusão havia sido agredido por um guarda e também por um PM. Conforme a irmã, o militar citado inicialmente teria somente imobilizado o garoto.

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– Ele foi jogado no chão da praça e aí um PM imobilizou meu irmão colocando o pé no pescoço dele. O que ele disse pra nós e pra Corregedoria foi que lembra da cor amarelo-queimado do uniforme desse policial, mas não viu o rosto – conta.

No depoimento o adolescente também aponta que as agressões teriam sido feitas por dois guardas municipais, e não apenas por um como ele tinha informado anteriormente. A irmã diz que o jovem lembra da fisionomia dos dois supostos agressores e teria reconhecido um deles quando esteve na Corregedoria para prestar depoimento, mas como ficou muito abalado ao relembrar a violência não conseguiu prosseguir na identificação do outro guarda.

– Quando ele foi agredido, quem ajudou a ir até no Pronto Atendimento e orientou sobre buscar os direitos dele foram outros guardas municipais. Esses dois que bateram nele são laranjas podres da corporação – afirma a irmã.

Recuperação

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O jovem, que chegou a ser internado depois das agressões, recebeu alta do hospital Ruth Cardoso, em Balneário, na tarde desta quinta-feira. Ele foi avaliado por um cirurgião bucomaxilar, mas como o rosto ainda estava muito inchado a definição sobre a possibilidade de cirurgia reparadora ficou para semana que vem. Exames apontaram ossos quebrados na face e coágulos na cabeça do adolescente.