A versão da Secretaria de Segurança Pública de Balneário Camboriú de que ninguém ficou ferido durante o quebra-quebra que ocorreu na praça Almirante Tamandaré na madrugada de ontem é contestada por dois adolescentes de 15 anos e o responsável por um deles.
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Um dos jovens, que foi detido pela Guarda Municipal, relata que ele e quatro amigos seguiram para a praça após o show de Luan Santana, onde pegariam carona para casa com o pai de um deles.
Nesse meio tempo, o adolescente diz que começou uma briga entre mulheres e alguns rapazes tentaram separar, mas acabaram brigando também. De acordo com o garoto, esses homens atiraram garrafas na Guarda Municipal e ele foi confundido com um deles.
– Os guardas vieram pra cima de quem estava na areia ao invés de ir atrás daqueles que jogaram as garrafas. Desmaiei três vezes quando me bateram. Fui arrastado até a praça e depois me levaram para o banheiro do posto, onde um dos guardas ficou me batendo – conta o adolescente.
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Segundo ele, a agressão dentro do banheiro durou 10 minutos e resultou em hematomas nas costas, braços inchados e seis pontos no rosto. O jovem diz que foi agredido por um guarda municipal e um policial.
O amigo do adolescente, que também tem 15 anos, viu as cenas e diz que escapou da agressão porque conseguiu correr.
– Eles abusaram, a gente estava olhando a briga do lado deles, daí vieram pra cima da gente. Ele tentou se explicar e bateram muito nele – explicou.
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O irmão do menino que foi agredido pelos guardas afirma que registrou boletim de ocorrência após buscar o irmão no posto da Guarda Municipal.
– Recebi uma ligação do meu irmão e fui buscá-lo no posto. Estava todo ensanguentado. Registramos queixa e vamos processar Estado, Guarda e os agressores – afirmou.
A Secretaria de Segurança vai apurar o caso. O comandante da Polícia Militar de Balneário Camboriú, tenente-coronel Marcello Martinez Hipólito, afirma que não recebeu denúncia sobre o envolvimento de um policial na agressão, mas que se houver será investigada.
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* Os nomes das vítimas e familiar foram preservados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente