A Polícia Civil de Araquari, Norte de SC, continua a ouvir as testemunhas do caso envolvendo a menina Laura Cardoso, de três anos, que morreu no último domingo após ser internada com suspeitas de ter sido espancada pela padrasto.
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A expectativa do delegado Rodrigo Aquino Gomes, responsável pela investigação, é de que o inquérito seja concluído em até 15 dias. Enquanto isso, o suspeito Rafael Silva dos Santos, 20 anos, continua preso preventivamente na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Francisco do Sul.
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De acordo com o delegado, os laudos cadavérico e de ato libidinoso devem demorar de dez a 15 dias para serem entregues. O primeiro vai apontar quais foram as lesões sofridas por Laura e qual foi a causa da morte. O segundo deve mostrar se houve ou não o abuso sexual.
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Até a conclusão dos laudos, o delegado vai ouvir os parentes e amigos da família para entender quais eram as condições em que vivia a criança e o que pode ter ocorrido no dia em que a menina morreu.
– Também vou verificar com o advogado de defesa se ele (suspeito) quer mudar a sua versão – explica Gomes.
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Na versão de Rafael para a Polícia Militar, ele contou que estava saindo da casa de uma tia com a menina, de bicicleta, quando um cachorro os atacou e ambos caíram. Depois, disse que, na verdade, não estavam de bicicleta e que a criança estava no colo e que ele teria caído sobre ela.
A mãe da menina, Rosimeire Cardoso, que afirmou estar no trabalho quando tudo aconteceu, deve ser ouvida na próxima semana. Durante o enterro de Laura, na manhã da última terça-feira, ela foi hostilizada e teve que sair cercada por policiais militares. Segundo o delegado Rodrigo Aquino Gomes, a mãe ainda não realizou nenhum registro de ameaça na delegacia até o momento.