O delegado Rodrigo Aquino Gomes, responsável pela investigação da morte de Laura Cardoso, três anos, afirma que não encontrou registros de boletins de ocorrência de maus tratos envolvendo os familiares.
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Conselho tutelar diz não ter recebido denúncias de maus tratos
Ele está em busca de testemunhas, como vizinhos e parentes, que possam dar mais informações sobre o que realmente teria ocorrido no último sábado, quando a menina morreu após ser internada com suspeito de espancamento.
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O que se sabe até agora é que a mãe estaria trabalhando quando tudo aconteceu. A tia do padrasto era quem sempre cuidava da criança, mas ela teria viajado e Laura ficado com ele em casa. Quando a mãe chegou, viu a criança na cama e o homem chorando. Ela pediu socorro para os vizinhos e levou a filha até o pronto-atendimento.
A versão inicial de Rafael Silva dos Santos, 20 anos, é de que os dois andavam de bicicleta quando foram atacados por um cachorro. Depois, afirmou que não havia bicicleta e a menina estava no colo quando ambos caíram.
– Ouvi o depoimento do médico e ele diz que os hematomas e as lesões não eram compatíveis com o ataque do cão – explica o delegado.
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Segundo Gomes, ainda há vestígios que podem apontar estupro do padrasto, mas apenas o resultado final dos exames poderá comprovar.
Rafael está preso preventivamente na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Francisco do Sul e deve responder por tortura com resultado em morte e estupro de vulnerável, se for comprovado o abuso. De acordo com o delegado, caso seja apurado que houve omissão da mãe, ela também pode responder pelos mesmos crimes.