A Polícia Civil tem até a próxima quarta-feira para concluir o inquérito do caso Mara Tayana Decker, em Joinville. O prazo de dez dias se deve ao fato do autor confesso do crime já estar preso preventivamente desde a última segunda-feira, no Presídio Regional de Joinville.

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Para esclarecer qual era a relação da jovem com o segurança Leandro Emílio da Silva Soares, 26 anos, investigadores da Divisão de Investigação Criminal (DIC) retornaram ao barzinho que Mara frequentou entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira, 1º de maio, na Via Gastronômica, na tarde desta quinta, para pegar as imagens das câmeras de segurança do interior do estabelecimento.

A intenção é apurar se o circuito interno flagrou algum momento de aproximação entre os dois ou se eles se conheceram do lado de fora. O delegado titular da Divisão de Homicídios de Joinville, Paulo Reis, também pretende ouvir ainda nesta semana cerca de quatro amigos que estiveram com Mara na noite de seu desaparecimento para saber se eles presenciaram alguma aproximação dela com Leandro ou possam fornecer novas informações que ajudem na investigação.

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Paulo também aguarda os laudos cadavérico, que vai apontar a causa da morte da jovem, se foi realmente por estrangulamento com a gravata, como relatou o segurança, ou por esganadura. E o exame do local do crime. Que são feitos pelo Instituto Geral de Perícias de Joinville (IGP). A análise do material genético, sêmen, coletado do segurança, para verificar se houve abuso sexual, deve demorar mais tempo, já que é feita em Florianópolis.

Conforme o delegado o médico legista, em uma análise preliminar, apontou que Mara já estava morta entre 24 e 60 horas, quando foi encontrada na tarde do último sábado.

Caso o inquérito fosse concluído nesta quinta-feira, Leandro seria indiciado por homicídio qualificado, já que o motivo foi fútil e ele se utilizou de meio cruel (estrangulamento) e por ocultação de cadáver, uma vez que ele começou a esquartejar a vítima com o objetivo de esconder o corpo, esclarece Paulo.

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Boletins de ocorrência

A reportagem do “A Notícia” teve acesso na tarde desta quinta-feira aos 35 boletins de ocorrência registrados com o nome do segurança Leandro Emílio da Silva Soares. Em 11 deles, ele aparece como autor, isto é, acusado de crimes.

Já nos 24 restantes, ele aparece como vítima, comunicante (quem relatou o crime) ou por conta de intimações.

Confira as acusações dos boletins de ocorrência em que ele aparece como autor:

Estupro – 1

Lesão corporal contra mulher – 1

Lesão corporal leve contra mulher – 1

Violência contra mulher – 1

Ameaça contra mulher – 4

Ameaça contra homem – 2

Injúria e ameaça contra mulher – 1