Os primeiros funcionários que atuavam no antigo sistema de transporte coletivo de Blumenau começaram a ser liberados das suas funções nesta quinta-feira. Até agora, apenas a empresa Rodovel encaminhou as documentações necessárias ao sindicato da categoria, o Sindetranscol, que fez a homologação das demissões.

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A Verde Vale, segundo o sindicato, informou que precisará de mais tempo para finalizar as documentações, mas não passou uma nova previsão de entrega dos papéis. A Nossa Senhora da Glória disse através do advogado Antônio Marchiori que vai iniciar o processo de liberação dos funcionários apenas na sexta-feira.

As rescisões da Rodovel estão sendo feitas por ordem alfabética. Sem precisar o número de desligamentos concluídos, o assessor jurídico do Sindetranscol, Léo Bittencourt, afirma que o sindicato já assinou as demissões de trabalhadores até a letra G. A previsão é de que até o fim da tarde desta quinta a empresa libera até a letra J.

Conforme Bittencourt, os trabalhadores liberados foram encaminhados para o escritório da Piracicabana, empresa que vai operar emergencialmente o transporte público em Blumenau a partir da próxima semana, para que pudessem acordar como serão feitas as novas contratações.

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Informações desencontradas

No escritório da Piracicabana, localizado na Rua Almirante Tamandaré, onde também fica a garagem da empresa Nossa Senhora da Penha, a movimentação de homens e mulheres, agora oficialmente demitidos, era grande na tarde desta quinta-feira. Porém, segundo relatos de alguns motoristas, nenhuma contratação estava em andamento. Da mesma maneira que o pessoal chagava ia embora.

Motorista da Verde Vale há 22 anos, Antônio Pfleger, 58, conta que entregou a carteira de trabalho ao setor de Recursos Humanos da empresa nesta quarta-feira e que, segundo foi orientado, deveria ir ao sindicato nesta sexta-feira para homologar a rescisão. Com esperança de ser admitido pela Piracicabana ainda nesta semana, Antônio foi até a garagem da Nossa Senhora da Penha:

– Parece que não estão contratando ninguém. Achei estranho porque falaram hoje de manhã na rádio que segunda-feira ia estar tudo 100%. Não sei como vai ser isso se até agora ninguém assinou nada.

O irmão de Antônio, Francisco Pfleger, 60 anos, também é motorista e atuava na Nossa Senhora da Glória. Aposentado desde 2004 depois de 25 anos atrás do volante, ele também não conseguiu um novo emprego.

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– Falaram que a prioridade é para o pessoal que vai ser demitido, mas eu queria voltar a trabalhar – lamenta.

Procurado pelo reportagem para esclarecer como será o processo de admissão dos funcionários, o diretor da empresa paulista, Maurício Queiroz, não atendeu as ligações na tarde desta quinta-feira. Já na garagem da Nossa Senhora da Penha, nenhum funcionário aceitou falar sobre o assunto.