A família do bebê morto por golpes de tesoura logo após o nascimento afirma que uma semana depois do crime tentou retirar o corpo da criança do Instituto Médico Legal (IML) de Blumenau. Para o enterro são necessárias a Declaração de Nascido Vivo (DN), emitida por um médico, e a Declaração de Óbito, fornecida pelo IML. O avô do bebê, Ricardo de Matos Pereira, disse que o hospital teria se recusado a emitir a DN porque o bebê chegou ao local sem vida.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

::: Dois meses depois do crime, corpo de bebê morto a tesouradas permanece no IML de Blumenau

::: Entenda a diferença entre homicídio e infanticídio, crimes que podem enquadrar caso ocorrido em Blumenau

Continua depois da publicidade

::: Jovem de 20 anos é suspeita de matar o filho recém-nascido em Blumenau

::: Mãe suspeita de matar recém-nascido está internada sob custódia da polícia

Segundo Ricardo, o cartório não aceitou apenas o documento do IML (Declaração de Óbito).

– Não é a família que não quer retirar o corpo do IML, mas são os trâmites que têm nos impedido desde a semana seguinte ao ocorrido – ressalta.

O cartório Braga e Varela diz que não foi apresentada pela família a Declaração de Nascido Vivo (DN), apenas de Declaração de Óbito que já passou do prazo legal de 15 dias para ser registrado. Com os dois documentos, é emitida pelo cartório a Certidão de Óbito obrigatória para o sepultamento. O corpo do bebê permanece no IML.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 19 de fevereiro. A mãe da criança, a universitária Jéssica Kristine Lunkmoss Pereira, é a principal suspeita de matar com golpes de tesoura o filho recém-nascido. Na época, a jovem ficou internada no Hospital Santo Antônio e depois no Hospital Santa Catarina, onde foi avaliada por médicos psiquiatras. Na casa da família peritos encontraram uma tesoura com sangue, um saco com a placenta e o cordão umbilical. Jéssica estaria grávida de oito meses, mas escondeu o fato da família.

Continua depois da publicidade