O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se defendeu nesta terça-feira em entrevista à Rádio Gaúcha do suposto esquema de cobrança de propina na pasta. Lupi destacou que todas as acusações são contra funcionários do ministério, não contra ele.
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– Não tem nenhuma denúncia contra mim. Só para colocar as coisas nos seus devidos lugares porque as pessoas gostam de fazer um enredo e uma novela em cima de alguma suposições.
Segundo reportagem da revista Veja, assessores do ministro cobrariam entre 5% e 15% dos valores de contratos com ONGs para liberar os repasses.
Criticando a publicação, Lupi classificou a denúncia como “vazia”.
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– O que há é uma denúncia anônima – o que eu chamo de denúncia vazia porque não tem identificação – de que teria um ou dois assessores, que já trabalharam aqui e não trabalham mais, cobrando algum tipo de taxa para a liberação de pagamentos.
Sobre o afastamento de um dos assessores no sábado, o ministro informou que “não houve um pré-julgamento”. O licenciamento deveu-se apenas para “facilitar que a comissão de inquérito possa apurar com mais lisura e com mais transparência” o caso.
Nesta tarde, Lupi reúne-se com parlamentares e a executiva do PDT. Ele é presidente licenciado do partido e os colegas cobram esclarecimentos sobre acusações de corrupção na pasta. A Comissão de Ética da Presidência também pediu explicações.
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Na segunda-feira, Lupi encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff, por cerca de 20 minutos, para prestar esclarecimentos.
– O que conversamos: expliquei, falei de todas as minhas ações e ela falou: “Está certo, vai em frente”.
Mesmo rechaçando as suspeitas, Lupi afirma que irá pedir que a Polícia Federal apure as denúncias.
– Eu não tenho que me defender daquilo que eu não sou acusado. Eu não sou um homem de ficar na defensiva. Eu não me entrego, vou fundo neste assunto – concluiu.
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