Mestre em Oceanografia Biológica e doutor em Ciências, o professor da Univali Paulo Ricardo Schwingel questiona a eficácia da lista oficial de espécies ameaçadas de extinção para a proteção dos animais. O especialista acredita que somente a gestão pesqueira manteria a salvo esses peixes.

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– É muito mais fácil fazer lista do que atuar na gestão. Em 2004, houve uma primeira lista. Era menor e havia o comprometimento do governo de avaliar todas as espécies listadas em cinco anos. A lei não foi cumprida – disse.

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O professor relembra ainda que, em 2009, foi criada a lei geral da pesca, que determina a gestão compartilhada entre o Ministério do Meio Ambiente e o da Pesca. Conforme Schwingel, deveriam ter criado 24 comitês de estudo, mas apenas dois saíram do papel e ainda assim funcionam parcialmente: da lagosta e atum.

– Essa falta de gestão põe a atividade econômica em risco. A lista serve unicamente para quando houver o desejo do ministério de reprimir a pesca, porque não protege essas espécies, o que protege é fazer a gestão adequada, a redução de esforços, o defeso – avalia.

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