Os sócios da empresa que comandaria um suposto esquema de fraudes em importações, presos em Itajaí durante a Operação Nebulosa, foram ouvidos pela primeira vez nesta quinta-feira pela Polícia Federal. Os depoimentos foram tomados no Presídio da Canhanduba, onde estão detidos, e conforme o delegado Thiago Giavarotti, não contribuíram com o avanço das investigações. Eles prestarão depoimento novamente nos próximos dias, assim como auditores da Receita Federal e funcionários de outras empresas – que não estão presos, mas foram intimados a depor.
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Conforme levantado pelo Sol Diário, a MSX Trading Exportação e Importação, que fica no Centro de Itajaí, comandaria o sistema e os sócios da empresa, os irmãos Márcio Silva Xavier e Celso Xavier, foram presos na operação deflagrada terça-feira. Nas novas diligências feitas quarta-feira, foram apreendidos R$ 41 mil na casa de um dos investigados, também em Itajaí. A reportagem apurou ainda que a Orion Trading Ltda, de Maringá (PR), seria outra empresa envolvida nas fraudes.
O delegado Giavarotti informou que as investigações continuam, mas não divulgou mais detalhes para não atrapalhar o andamento do processo.
Contrapontos
MSX, Márcio Silva Xavier e Celso Xavier:
A reportagem entrou em contato com Marcelo Kintzel Graciano, que representa a empresa e os sócios, que informou que só se pronunciaria sobre o caso na próxima segunda-feira, por estratégia de defesa.
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Orion Trading
A empresa não tem site oficial e a reportagem tentou contato pelos números disponíveis na internet, mas em nenhum foi possível completar a ligação. O Sol Diário também procurou pelos defensores da Orion em outro processo, mas ninguém foi localizado até a tarde desta quinta-feira.
A operação
A Operação Nebulosa foi deflagrada no começo da manhã de terça-feira pela Polícia Federal e Receita Federal em Itajaí e Balneário Camboriú, São Paulo (SP), Santos (SP), Maringá (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Maceió (AL). A ação é resultado de investigação sobre suposto esquema fraudulento de comércio exterior. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas, órgãos públicos e casas dos envolvidos no esquema. Cinco pessoas, entre empresários e despachantes aduaneiros, foram presos em Itajaí e outras duas em Maringá.
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