Novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta-feira, em Itajaí, dando sequência à Operação Nebulosa deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita Federal na terça-feira. A ação apura suposta fraude milionária em importações, principalmente através dos portos de Itajaí e Navegantes, e a PF continua investigando mais empresas que estariam envolvidas no caso. Os locais das diligências não foram divulgados.

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Conforme levantado pelo Sol Diário, a MSX Trading Exportação e Importação, que fica no Centro de Itajaí, comandaria o esquema. Sócio da empresa e alvo da Operação Dilúvio, em 2006, Márcio Silva Xavier foi um dos presos na ação de terça-feira. A reportagem apurou ainda que a Orion Trading Ltda, de Maringá (PR), seria outra empresa envolvida no sistema de fraudes. O nome da operação, inclusive, faria menção a essa empresa (na astronomia existe a Nebulosa de Órion, que é uma nuvem de poeira, hidrogênio e plasma). Outras sete empresas clientes do grupo importador em São Paulo também foram identificadas no processo.

Conforme o delegado Thiago Giavarotti, a Polícia Federal ainda não contabilizou tudo o que foi apreendido na terça-feira, mas adiantou que os itens incluem joias, documentos e computadores.

A operação

A Operação Nebulosa foi deflagrada no começo da manhã de terça-feira pela Polícia Federal e Receita Federal em Itajaí e Balneário Camboriú, São Paulo (SP), Santos (SP), Maringá (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Maceió (AL). A ação é resultado de investigação sobre suposto esquema fraudulento de comércio exterior. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas, órgãos públicos e casas dos envolvidos no esquema. Cinco pessoas, entre empresários e despachantes aduaneiros, foram presos em Itajaí e outras duas em Maringá.

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Contrapontos

MSX e Márcio Silva Xavier

Na sede da empresa, um funcionário informou que não havia ninguém além dele no local e não soube informar o contato dos advogados dos proprietários. A reportagem procurou pelos responsáveis pela defesa de Márcio Silva Xavier, mas foi informada de que eles só falariam com a imprensa quinta-feira à tarde.

Orion

A empresa não tem site oficial e a reportagem tentou contato pelos números disponíveis na internet, mas em nenhum deles foi possível completar a ligação. O Sol Diário também procurou pelos defensores da Orion em outro processo, mas o escritório de advocacia informou que só seria possível obter informações nesta quinta, com o advogado responsável

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