Quem perde um familiar ou amigo em Florianópolis, tem poucas opções: enterro em cemitério privado ou cremação, também particular. Além de poucas, as alternativas são caras. Enquanto o sepultamento pode valer até R$ 13 mil, a cremação tem custo variável de R$ 5 mil a R$ 9 mil. Isso acontece porque todos os cemitérios públicos da Capital, onde se estima que aconteçam 70% dos sepultamentos, estão superlotados – restando poucas gavetas às famílias de luto que não podem pagar pelo adeus aos entes queridos.

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Desde 2006, a resolução 386 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) impede a construção de novos cemitérios horizontais. Para adequar-se à legislação e, ao mesmo tempo, oferecer novas vagas à população de Florianópolis, a Secretaria do Continente está realizando estudo para construção de um cemitério vertical. O espaço de 250 m² será anexo ao cemitério São Cristóvão, em Coqueiros, e terá 300 gavetas em cada um dos cinco andares. No total, 1,5 mil novos túmulos serão providos.

Cemitério São Cristóvão, no Continente, vai passar por reformas

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Cemitério São Cristóvão está abandando e às escuras

– A estrutura irá aliviar a demanda da cidade, que já não suporta mais praticamente ninguém nos cemitérios. Sabemos que esse tipo de cemitério vertical existe em cidades como Joinville e Porto Alegre e pode ser aplicado aqui – garante o secretário municipal do Continente, Deglaber Goulart.

Além de um edifício com cinco pavimentos que totaliza 1.250 m² de área construída, o estudo também prevê capela mortuária, sala de espera, banheiros e elevador.

Segundo Goulart, o projeto deverá ser finalizado até o fim do ano e, se aprovado, a construção tem início no começo de 2016.

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Faltam vagas nos cemitérios de Florianópolis

Crematório público

Também não há vagas no cemitério São Francisco de Assis, no Itacorubi – o maior da cidade. Na Ilha, a opção avaliada pela Prefeitura de Florianópolis é outra

– Solicitamos a viabilidade da construção de um crematório público na área das capelas. Já estamos com projeto quase pronto de construção de novas gavetas, e a construção de um novo ossuário, mais moderno e respeitando todas as normas que regulamentam as questões ambientais – explicou Aldo Martins, secretário executivo de serviços públicos, em entrevista à RBS TV.

Uma revisão dos túmulos nos 13 cemitérios públicos da cidade também vem sendo feita pela Prefeitura a fim de localizar jazigos temporários irregulares e criar novos espaços. Nesses lugares, os restos mortais só podem permanecer por quatro anos. Depois, devem ser encaminhados ao ossuário mencionado por Martins.

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