A transferência de 80 presos da Central de Triagem do Estreito, na Capital, para outras unidades prisionais da Grande Florianópolis deve ser realizada nesta sexta-feira. O juiz da Vara de Execuções Penais da Capital, Laudenir Fernando Petroncini, determinou na noite de quinta-feira a retirada imediata dos detentos para reforma nas celas. Dez deles serão deslocados para o presídio masculino, 10 para a penitenciária, em Florianópolis, e 60 para presídios em outras cidades da região.

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Até as 14h20min viaturas do Departamento de Administração Prisional (Deap) circulavam em frente ao Cadeião, mas nenhum preso havia sido transferido. Ainda não há previsão para início da retirada.

Às 13h15min uma viatura do Bope e três da Polícia Militar chegaram no Cadeião para negociar e dar início à transferência. Porém, os agentes afirmaram que se os presos saírem de lá, eles (agentes) sairão também.

Apenas três agentes estão de plantão no local. Por volta das 14h, chegaram agentes de reforço vindos de Itajaí e todos foram conversar com Leandro Lima, diretor do Deap para acertar detalhes da tranferência.

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Em seguida

A transferência dos presos do Cadeião do Estreito será feita por etapas. Primeiro, serão transferidos 20 presos, depois os outros 60. Três agentes do Deap que estão de plantão farão a remoção dos detentos das celas. Na parte de fora, estão sete homens do Batalhão de Choque da PM e quatro do Bope, que farão a escolta. Os demais agentes irão se reunir ainda esta tarde com o juiz corregedor do Tribunal de Justiça do Estado Alexandre Takashima.

Para a operação serão usados um camburão do Deap, dois carros do choque e um do Bope.

A decisão judicial que determinou a transferência dos presos levou em consideração as condições de segurança em decorrência da superlotação da unidade e a ameaça de rebelião. Os agentes penitenciários, que estão em greve há 10 dias, querem que todos os 201 detentos sejam retirados do local para a reforma nas celas. Com a chegada de 50 novos presos nesta quinta-feira no Cadeião do Estreito, houve um princípio de rebelião. Antes da entrada do grupo, os presos amarraram panos nas celas em protesto enquanto gritavam “aqui ninguém entra mais”.

Cerca de 20 agentes utilizaram bombas de efeito moral para conter os ânimos no interior da unidade e possibilitar a entrada dos novos presidiários, que foram colocados em um corredor.

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