O anúncio da desapropriação do prédio da antiga Lancaster, na Rua General Osório, no bairro da Velha, surpreendeu o tenente-coronel do 10º Batalhão da Polícia Militar, Carlos Alberto Fritz Bueno. A notícia foi dada pelo governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, no fim da cerimônia de assinatura da ordem de serviço do prolongamento da Via Expressa, que ocorreu na manhã desta segunda-feira na sede da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Blumenau.
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– Sabíamos que a desapropriação estava tramitando, mas não imaginávamos que ia sair tão rápido – afirma o tenente-coronel.
Em contrapartida, o secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, César Botelho, afirmou à reportagem que o comandante foi avisado na última sexta-feira sobre a assinatura do documento:
– O governo optou por não interromper o processo de desapropriação. A questão foi avaliada e a prioridade é tirar o batalhão da rota de enchente – defendeu.
Já para o governador em exercício, a mudança da sede, que ainda não tem data prevista para ocorrer, é uma conquista:
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– Não podemos mais permitir que a sede da corporação permaneça num local vulnerável às frequentes cheias da região. É claro que o prédio precisa de alguns reparos ou adequações, mas a parte mais importante já foi feita.
De acordo com Martins, foram investidos cerca de R$ 6 milhões na desapropriação da construção.
O prédio
Em agosto, a troca de comando da PM trouxe à tona a discussão sobre o local da nova sede da corporação. Na época, o ex-comandante Cláudio Roberto Koglin e o atual comandante Carlos Alberto Fritz Bueno defenderam que a polícia deve se manter na rua Almirante Barroso e no local deve ser construída a nova estrutura, descartando o plano que se arrasta desde 1998 para transferir a unidade para a antiga Lancaster.
Para o Estado, o prédio no bairro da Velha passou a ser considerado ideal para receber o batalhão a partir de 1998. Entretanto, em uma reunião em maio de 2013 entre a Polícia Militar e a Secretaria de Desenvolvimento Regional o plano foi descartado pelo Estado por falta de resposta da empresa proprietária sobre a reforma.
As negociações foram retomadas em outubro do ano passado e o espaço voltou a ser a principal alternativa para a nova sede do 10º Batalhão da Polícia Militar. A empresa entregaria o imóvel para o Estado em uma operação de doação em pagamento.
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