Tristeza e revolta marcaram o velório de Maria Cristina Tavares, 39 anos, que foi enterrada no final da tarde desta terça-feira, no Cemitério Ecumênico Municipal de Chapecó.
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Ela foi atropelada na manhã de segunda feira, quando estava com a filha sobre a faixa de pedestre, na rua Guanabara, zona Sul de Joinville. Maria Cristina tinha ido buscar a filha caçula, de cinco anos, que é aluna do Centro de Educação Infantil (CEI) Botãozinho de Rosa.
Uma Kombi tentou desviar de um caminhão e atropelou mãe e filha. Maria Cristina foi levada pelo Samu ao Hospital Municipal de São José, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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A filha, Kiria, passou por cirurgia e está em coma induzido na UTI do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, segundo informações repassadas por familiares. O corpo de Maria Cristina chegou em Chapecó por volta das 11 horas desta terça-feira e velado até a Capela Mortuária do bairro Santo Antônio.
-É uma tragédia-, comentou a prima da vítima, Elisangela Viskoski.
Ela lembrou que Maria Cristina se mudou para Joinville com o ex-marido há 14 anos para abrir um salão de beleza. Na cidade, teve a segunda filha, Emilin, de dez anos. O primeiro filho, João Pedro, é de outro relacionamento.
Após a separação, ela trabalhou como manicure e cabeleireira. Teve mais uma filha, Kiria, que nasceu de um terceiro relacionamento. Atualmente, Maria Cristina estava separada.
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-Apesar de algumas dificuldades, ela era muito feliz, alegre e dedicada aos filhos- lembrou Elisângela.
A cunhada Eliane Ebertz era uma das mais revoltadas no velório. Para ela, faixa de pedestre é ilusão e não representa segurança para as pessoas que vão atravessar ruas e avenidas movimentadas. Eliane acredita que as leis deveriam ser mais rigorosas para que vai tirar a carteira de motorista.
-Eles (os motoristas) têm que tomar consciência que pode ser a irmã ou a filha deles que está atravessando a faixa-, disse.
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A sobrinha de Maria Cristina, Anelize Ebertz, contou que a mãe da vítima, Terezinha Carraro, foi visitar a filha na sexta-feira, em Joinville. Havia cinco anos que elas não se viam.
-Em janeiro, ela viria tirar férias em Chapecó-, contou.
Os familiares de Maria Cristina esperam que o motorista que a atropelou seja punido e que a jovem Kiria sobreviva a esse trágico acidente.