Fabricio Albrecht

Consultor de estratégia empresarial da Albcon

O nível de tensão neste primeiro semestre de 2015 está muito alto e já vemos reflexos diretos disso no mercado de trabalho. São notícias de férias coletivas e demissões, ambas motivadas pela redução nas vendas das principais cadeias produtivas do mercado. Isso exige que os gestores façam o melhor uso possível dos recursos da empresa, principalmente os humanos, e assim manter a equipe engajada é prioridade máxima.

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Mas afinal, o que é engajamento? Um profissional engajado é aquele que está conectado à sua empresa, que tem planos de crescimento e que pensa no sucesso dele associado ao crescimento do negócio. É aquela pessoa que veste a camisa da empresa.

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O Instituto Gallup mede anualmente, desde 2011, o engajamento da força de trabalho no Brasil e esta pesquisa mostra dados muito interessantes. Por exemplo: você sabia que as pessoas não se desligam da empresa e sim dos seus líderes? Este estudo mostra que 84% das pessoas pedem demissão por causa de conflitos e falta de alinhamento com suas lideranças imediatas.

O estudo vai além e revela ainda que equipes engajadas rendem 22% a mais do que aquelas repletas de pessoas desencantadas com seu ambiente de trabalho. Mas a receita para estimular o engajamento das equipes é muito simples: basta investir no desenvolvimento de líderes, afinal, eles são os principais responsáveis por engajar seus liderados.

Bons líderes conseguem proporcionar sensação de segurança para seus times, fazendo com que as pessoas sintam-se parte do projeto da empresa. Liderados seguros de seu espaço e sua utilidade na organização atingem um nível diferenciado de autoestima e realização, e isso é refletido diretamente em seu desempenho.

* * *

Janaina Manfredini

Especialista em gestão de pessoas com ênfase em coaching

Uma equipe engajada faz toda a diferença em uma corporação. Um time comprometido tem melhor performance e entrega mais do que o esperado. Gera uma produtividade maior sem aumentar esforço ou estresse, porque quando alcança e faz o melhor sente-se mais realizado. A consequência imediata é a felicidade do colaborador e dos gestores. E, assim, os resultados tangíveis e mensuráveis acontecem naturalmente.

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Mas como estimular uma equipe? O primeiro passo é ser engajado com ela. Afinal, quando se quer comprometimento, é preciso se comprometer. Não troque as pessoas por cifras e nem as trate como números. Tem que ser assim se sua empresa não quer ser trocada por uma diferença mínima de salário, por exemplo. Outro excelente caminho é dar sentido à visão e à razão de ser de uma organização para o colaborador.

Construir o propósito (missão), o sonho (a visão) e as atitudes (valores) que guiam uma empresa é desafiador, pois precisam estar em evidência no dia a dia, precisam ser muito mais do que palavras, precisam ser uma filosofia que norteia comportamentos e decisões.

Outros estímulos válidos são o reconhecimento financeiro por resultados alcançados, elogios por trabalhos bem-feitos e também feedbacks construtivos, feitos com a intenção positiva real de que o outro, seja ele liderado, par ou líder, tenha performance ainda melhor.

É preciso mesmo se dedicar continuamente? Sim. Mas vale a pena. Tudo o que envolve a manutenção, a evolução dos colaboradores e as boas relações deve ser visto como um investimento, que não tem preço pelos efeitos que proporcionam. O estímulo de maneira adequada é o que vai fazer com que a sua empresa conte com o melhor time, e um time feliz faz a diferença para o sucesso de uma corporação.

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