Simone Faustini
Proprietária da Nexus Consultoria em Sustentabilidade e professora da Sociesc e da Sustentare
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Como é possível crescer sem pensar em sustentabilidade? A dicotomia entre crescimento e sustentabilidade sinaliza o modelo mental que a humanidade vem adotando de maneira mais intensa desde o início do século passado ao dissociar o crescimento econômico, o meio ambiente e as pessoas.
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Essa perspectiva também moldou a estratégia das próprias empresas que, basicamente, excluíram considerações sociais e ambientais de seu raciocínio econômico até a década de 90.
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Associar as dimensões sociais e ambientais ao desempenho econômico é simples. É possível crescer ignorando o bem-estar de clientes, o esgotamento de recursos naturais vitais para sua atividade, a viabilidade de fornecedores cruciais ou problemas econômicos das comunidades nas quais as empresas produzem e vendem? Há uma estreita relação de interdependência entre a competitividade da empresa, a saúde das sociedades ao seu redor e os recursos da natureza.
Por isso, a identificação dos aspectos sociais e ambientais necessários para o seu negócio funcionar, e que podem gerar impactos na sociedade, são fatores-chave sobre os quais a empresa precisará buscar o equilíbrio para crescer.
Em função das características dos setores produtivos, este tipo de estudo está cada vez mais acessível e detalhado, bem como sendo utilizado por analistas, investidores, instituições financeiras e acionistas para avaliar o potencial de crescimento de negócios sustentáveis.
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Neste ambiente de mudanças globais, a sustentabilidade precisa estar integrada ao exercício complexo de equilibrar diferentes competências do negócio como mais um fator que contribui para o desempenho da organização. Um número crescente de empresas em todo o mundo, inclusive no nosso Estado, está demonstrando que é possível crescer e ser sustentável ao mesmo tempo.
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Nelson Jorge Leite
Economista e consultor da SBA Associados

Com o cenário econômico que o Brasil apresenta, torna-se desafiador falar em como equilibrar o crescimento e a gestão dos negócios. O primeiro passo é analisar a situação macroeconômica, na qual encontramos inflação, juros altos e crescimento negativo.
Contudo, sempre há oportunidades em mercados tão heterogêneos. Mas tudo que gera consumo (crédito, renda e preços) atualmente são elementos restritivos do consumo. Quando não há renda sobrando, não se tem consumo, nem lucro e investimentos. Quer dizer, toda a roda da economia está prejudicada devido ao baixo consumo.
Com a economia em retração, em mercados maduros só se consegue crescer “roubando” mercado da concorrência. Assim, há uma guerra em que é preciso ser ágil, agressivo, diferente e inovador. Inicie baixando o ponto de equilíbrio, reduzindo os custos fixos ou transformando-os, pelo menos uma parte, em custos variáveis.
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Monitore o capital de giro e tenha rígido controle de fluxo de caixa, evitando bancos.
No mix de produtos, trabalhe com os que têm bom desempenho e geram mais lucro. Opte por clientes qualitativos, que compram com frequência e maior volume, e promova a fidelização deles. Trabalhe sob pedido ou com venda programada.
Pesquise, entenda e atenda ao mercado de forma apropriada. Atenção especial às lojas ou distribuidoras. O que faz a diferença não é só o produto, mas o serviço que é oferecido integrado ao produto. Por isso, invista na qualidade do atendimento.
Prepare os funcionários, que devem saber o que fazer e ter autonomia para decisões.
Também atualize, rejuvenesça e amplie a equipe de vendas. Pense em estratégias para os novos tempos. Isso se consegue por meio de treinamento ou consultorias competentes. Por fim, apareça. Faça branding, tenha um plano de comunicação e trabalhe duramente nele.